Economia

S&P pode cortar rating de países petrolíferos

A queda dos preços do petróleo desde meados de 2014 trouxe uma enxurrada de rebaixamentos


	Petróleo: a queda dos preços do petróleo desde meados de 2014 trouxe uma enxurrada de rebaixamentos
 (Divulgação)

Petróleo: a queda dos preços do petróleo desde meados de 2014 trouxe uma enxurrada de rebaixamentos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2016 às 09h34.

Londres - A agência de classificação de crédito Standard & Poor's sinalizou nesta sexta-feira que os países exportadores de petróleo podem enfrentar novos rebaixamentos conforme os preços do petróleo seguem em queda, e que poderia repetir o movimento do ano passado, quando promoveu um grande número de cortes de uma única vez.

A queda dos preços do petróleo desde meados de 2014 trouxe uma enxurrada de rebaixamentos, incluindo para Rússia e Brasil, que perderam o grau de investimento, a Arábia Saudita e a Venezuela, onde a derrocada do petróleo tem elevado temores de um calote soberano.

Mas uma queda de 20 por cento nos preços desde o começo do ano, prevista por poucos, pode significar que outra rodada de cortes é iminente, disse à Reuters o chefe de ratings soberanos da Europa, Oriente Médio e África da S&P, Moritz Kraemer.

"Esta não é a variação comum das commodities, é algo completamente diferente", disse Kraemer.

"Nós tivemos um número importante de rebaixamentos no último ano na África, Oriente Médio e na Comunidade dos Estados Independentes, e se nossas perspectivas continuarem a funcionar como um indicador de onde os ratings podem ir em seguida, mais pode vir este ano."

A S&P tem atualmente o Azerbaijão, Bahrein, Cazaquistão, Omã, Rússia e Arábia Saudita com perspectiva negativa em sua região que engloba Europa, Oriente Médio e África, e também Brasil e Venezuela, na América Latina.

A Nigéria, outro gigante mercado emergente dependente de petróleo, tem perspectiva estável, mas a pressão tem aumentado em todos os lugares, conforme os governos locais veem as receitas desaparecerem devido aos baixos preços do petróleo.

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