Economia

Rússia e Ucrânia discutirão fornecimento de gás para Kiev

Comissão Europeia trabalha com o Banco Mundial para que a Ucrânia receba dinheiro para a compra de gás

Companhia de gás russa Gazprom poderá fornecer a Kiev entre 1,5 bilhões e 4 bilhões de metros cúbicos de gás desde que a Ucrânia pague de forma antecipada (AFP/Getty Images)

Companhia de gás russa Gazprom poderá fornecer a Kiev entre 1,5 bilhões e 4 bilhões de metros cúbicos de gás desde que a Ucrânia pague de forma antecipada (AFP/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 25 de novembro de 2016 às 14h27.

Moscou - Moscou e Kiev se reunirão nos próximos dias em Bruxelas para negociar o fornecimento de gás russo à Ucrânia e sua distribuição à Europa através do território ucraniano, anunciou nesta sexta-feira o ministro de Energia da Rússia, Aleksandr Novak, depois de se reunir na capital russa com seu colega da UE, Maros Sefcovic.

"Concordamos em nos reunir de forma trilateral (com a mediação da Comissão Europeia) com os colegas ucranianos para falar do cumprimento do contrato vigente de fornecimento de gás durante o período outono-inverno" atual, disse Novak em entrevista coletiva junto com Sefcovic após a reunião.

A Comissão Europeia trabalha com o Banco Mundial "para que a Ucrânia receba dinheiro para a compra de gás", explicou Sefcovic.

Enquanto isso, Novak afirmou que a companhia de gás russa Gazprom pode fornecer a Kiev entre 1,5 bilhões e 4 bilhões de metros cúbicos de gás desde que a Ucrânia pague de forma antecipada, exigência que Moscou adotou após contínuos casos de falta de pagamento por parte da ucraniana Naftogaz.

Na cúpula UE-Ucrânia realizada ontem em Bruxelas, os 28 participantes respaldaram Kiev como grande parceiro energético na distribuição de gás russo para os países-membros, apesar da Rússia apostar no desenvolvimento gasodutos que evitem território ucraniano.

O atual acordo sobre o fornecimento de gás entre Rússia e Ucrânia, assinado em 2009 pela então primeira-ministra ucraniana Yulia Tymoshenko e vigente até 2019, é considerado abusivo por Kiev, que pede à Câmara de Comércio de Estocolmo para considerá-lo ilegal.

Moscou, por outro lado, argumenta que o contrato foi assinado pela máxima autoridade do governo ucraniano, e por isso sua legalidade não pode ser posta em dúvida e deve ser cumprido com todo rigor por Kiev.

As autoridades ucranianas têm como um de seus objetivos estratégicos conseguir uma drástica diminuição da dependência energética da Rússia.

Acompanhe tudo sobre:GásRússiaUcrânia

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos