Economia

Rússia é contra solução internacional na Síria

O governo russo também afirmou que não existe acordo final sobre o novo plano do emissário internacional Kofi Annam

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov: precisamos favorecer o diálogo e não antecipar os resultados do diálogo (Kirill Kudryavtsev/AFP)

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov: precisamos favorecer o diálogo e não antecipar os resultados do diálogo (Kirill Kudryavtsev/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 09h43.

Moscou - A Rússia se nega a apoiar uma solução ao conflito sírio que seja imposta do exterior, advertiu nesta quinta-feira o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, que também afirmou que não existe acordo final sobre o novo plano do emissário internacional Kofi Annam.

"A Rússia não pode apoiar, nem apoiará uma solução que seja imposta do exterior", declarou Lavrov à imprensa.

"Precisamos favorecer o diálogo e não antecipar os resultados do diálogo", completou o chanceler.

"Nós apoiaremos as transformações no sentido de um entendimento nacional sobre as reformas pendentes há muito tempo na Síria", declarou.

O destino do presidente sírio, Bashar al-Assad, "deve ser decidido dentro de um diálogo sírio pelo povo sírio", insistiu Lavrov, 48 horas antes da conferência internacional em Genebra sobre a Síria, durante a qual será discutido o novo plano de Kofi Annan.

O mediador internacional Kofi Annan propôs o apoio a um governo de transição na Síria que incluiria partidários do presidente Bashar al-Assad e membros da oposição para encontrar uma solução política ao conflito, informaram fonte diplomáticas.

Mas, a respeito do plano de Annan, Lavrov disse que "não existe um projeto aprovado e os trabalhos sobre um possível documento final continuam".

Lavrov também afirmou que excluir o Irã de uma conferência internacional sobre a Síria em Genebra no próximo fim de semana é um "erro" e acusou os Estados Unidos de ter uma "dupla moral" por não aceitar a presença iraniana.

"O Irã é um ator influente nesta situação e eu acredito que o fato de manter afastado este país do encontro de Genebra é um erro", declarou Lavrov.

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