Economia

Rússia e Arábia Saudita propõem aumento de produção de petróleo da Opep

Opep acertou em janeiro de 2017 redução conjunta da produção, retirando 1,8 mi de barris diários do mercado para forçar uma alta nos preços do petróleo

Petróleo: proposta da Rússia e da Arábia Saudita será estudada na 174ª reunião da Opep na sexta-feira (David McNew/Reuters)

Petróleo: proposta da Rússia e da Arábia Saudita será estudada na 174ª reunião da Opep na sexta-feira (David McNew/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de junho de 2018 às 20h07.

Viena - Rússia e Arábia Saudita propuseram nesta segunda-feira, em reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que a entidade amplie sua produção em 1,5 milhão de barris diários durante os próximos meses.

"Essa é a proposta dos dois principais países", afirmou o ministro de Hidrocarbonetos do Equador, Carlos Pérez, que chegou hoje a Viena para participar da reunião da Opep.

O ministro equatoriano não quis avaliar a proposta, mas admitiu que vários países que fazem parte da organização discordam de russos e sauditas, dois dos maiores exportadores de petróleo do mundo.

A proposta será estudada na 174ª reunião da Opep na sexta-feira. Caso seja aprovada, a Rússia levará a sugestão aos seus aliados, que estão fora da organização, no sábado.

"Vai ser uma reunião difícil", previu o ministro equatoriano.

A Opep acertou em janeiro de 2017 uma redução conjunta da produção, retirando 1,8 milhão de barris diários do mercado para forçar uma alta nos preços do petróleo. A medida fez com que as cotações chegassem a um patamar não visto desde 2014.

"Temos que ser cuidadosos, queremos que as reservas de petróleo estejam equilibradas. Na reunião, temos que ver como está o cumprimento do corte, as expectativas do mercado. Há uma série de análises que temos que fazer", explicou Pérez.

"Sabemos que Rússia e Arábia Saudita queriam liberar a produção contida, mas temos que revisar os números em detalhe antes de tomar uma decisão", continuou o ministro, evitando responder se o Equador apoia o aumento de produção proposto pelos dois países.

Pérez não descarta um impasse dentro da Opep, o que pode fazer com que alguns membros da organização deixem de lado o acordo firmado em 2016. No entanto, ele afirmou que nem todos os países têm capacidade para ampliar a extração de petróleo atualmente.

Sobre o atual nível de preços do barril, o ministro do Equador classificou as cotações como "adequadas" e "razoáveis", mas reconheceu que seu país preferiria uma alta nos próximos meses.

Pérez citou que desejava uma cotação de US$ 70 para o barril do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve), referência na região.

"É um nível adequado, mas o que queremos é estabilizar, e, se esses preços se mantiverem com uma pequena alta, acho que seria suficiente", disse o ministro equatoriano.

O barril do WTI fechou cotado a US$ 65,85, com alta de 1,21% em relação ao fechamento de sexta-feira.

 

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