Economia

Rússia diz que está pronta para aumentar as taxas de juros

O Banco Central correspondeu à expectativa do mercado ao deixar sua taxa de juros inalterada a 5,50% nesta sexta-feira

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 16h26.

Moscou - O Banco Central da Rússia sinalizou nesta sexta-feira que pode endurecer suas políticas em resposta a uma queda do rubro maior que as divisas de outras economias emergentes.

O Banco Central correspondeu à expectativa do mercado ao deixar sua taxa de juros inalterada a 5,50% nesta sexta-feira, com base em taxas moderadas de inflação e um crescimento decepcionante.

Contudo, o banco se desviou do seu caminho para evitar que a inflação continuasse sendo um risco devido à queda do rublo em relação ao dólar excedendo 7% desde o começo do ano.

"A principal fonte de incerteza para esta previsão é o risco de inflação ligado ao ritmo acelerado da alta dos preços no final de 2013 e o enfraquecimento da moeda nacional", disse o banco em um comunicado.

"Se os efeitos negativos desses fatores contaminarem os preços de uma ampla variedade de produtos e serviços e as expectativas das pessoas, aumenta a probabilidade de a inflação se desviar de seus objetivos de médio prazo", acrescentou.

"Neste caso, o Banco Central estará pronto para fortalecer sua política monetária".

O comunicado do Banco Central foi emitido momentos depois de o rublo alcançar uma queda histórica em relação ao euro nas negociações da Bolsa de Moscou.

Analistas da VTB Capital estimam que as moedas dos mercados emergentes perderam 1,5% do valor em relação ao dólar desde o começo do ano.

Isso faz o rublo ter o pior desempenho do mundo emergente. O rand da África do Sul é o segundo pior da lista com perdas de 4,5%.

Os economistas disseram que o Banco Central comprou mais de US$8 bilhões, no mercado de Moscou em janeiro em um esforço para impedir que o rublo caia mais.

O volume foi o maior desde o colapso econômico russo de 2008-2009.

Os mercados emergentes sofreram desde que o Federal Reserve começou a reduzir seus estímulos monetários, levando os investidores a deixar investimentos de risco, antecipando um aumento das taxas de juros dos títulos dos EUA.

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