Economia

Rússia deve elevar importação de açúcar em 85% em 13/14

País busca tornar-se autossuficiente em açúcar depois de ter sido o maior importador de açúcar bruto do mundo há uma década, mas plano tem sido atrasado

Produção de açúcar de beterraba no país deverá cair 19%, para 3,85 milhões de toneladas, uma vez que a seca do ano passado levou muitos agricultores a mudarem para outros cultivos (Bloomberg)

Produção de açúcar de beterraba no país deverá cair 19%, para 3,85 milhões de toneladas, uma vez que a seca do ano passado levou muitos agricultores a mudarem para outros cultivos (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 12h16.

Moscou - A Rússia vai aumentar suas importações de açúcar bruto em pelo menos 85 por cento no ano comercial 2013/14, com início em 1o de agosto, por conta de uma queda na produção de açúcar de beterraba do país, previu o Instituto da Rússia para Estudos do Mercado Agrícola (Ikar, na sigla em inglês) nesta terça-feira.

O país busca tornar-se autossuficiente em açúcar depois de ter sido o maior importador de açúcar bruto do mundo há uma década. Mas esse plano tem sido atrasado, uma vez que agricultores estão apostando mais no plantio de grãos, mais rentáveis que a beterraba.

A situação pode beneficiar o Brasil, o maior exportador global da commodity.

Os russos vão importar pelo menos 850 mil toneladas de açúcar bruto em 2013/14, em comparação com cerca de 460 mil toneladas na temporada atual, disse Yevgeny Ivanov, analista da Ikar, à Reuters.

A produção de açúcar de beterraba deverá cair 19 por cento, para 3,85 milhões de toneladas, uma vez que a seca do ano passado levou muitos agricultores a mudarem para outros cultivos, de acordo com estimativa preliminar do instituto. A área plantada de beterraba caiu 20 por cento na comparação ano a ano.

Rússia consome cerca de 5,5 milhões de toneladas de açúcar por ano, dos quais 65-75 por cento acabam sendo cobertos pela sua própria produção de açúcar de beterraba.

Para atender o restante da demanda, tradings como a Sucden, Dreyfus e Cargill trazem açúcar do Brasil, Cuba e outros países da América Latina.

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