Economia

Rússia cria "banco ruim" para créditos duvidosos

Estrutura especial vai funcionar como um fundo e absorver ativos tóxicos do Otkritie e de outros bancos resgatados pelo banco central do país

Rússia: banco "ruim" vai absorver ativos tóxicos com empréstimos com taxas de juros de 0,5%. (Mark Thompson/Getty Images)

Rússia: banco "ruim" vai absorver ativos tóxicos com empréstimos com taxas de juros de 0,5%. (Mark Thompson/Getty Images)

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AFP

Publicado em 2 de abril de 2018 às 16h44.

Última atualização em 2 de abril de 2018 às 17h04.

O banco central da Rússia anunciou, nesta segunda-feira (2), a criação de uma estrutura especial para liberar mais de 15 bilhões de euros de créditos ruins de bancos em risco, em uma tentativa de organizar o frágil sistema financeiro do país.

O chamado "banco ruim" será baseado numa agência do Otkritie, resgatado pelo banco central em agosto, e vai funcionar como um fundo, anunciou o vice-presidente do Banco da Rússia, Vasily Pozdyshev.

Ele vai absorver ativos tóxicos do Otkritie - outrora o maior credor privado da Rússia - e de outros bancos resgatados com empréstimos com taxas de juros de 0,5%.

O Banco da Rússia não hesitou, no passado, em fechar bancos menores, mas enfrenta desafios mais complexos com estabelecimentos maiores.

A Rússia luta para se recuperar da recessão econômica de 2014, causada por uma queda dos preços do petróleo e sanções impostas por seu papel na crise da Ucrânia.

A recessão combinada à alta inflação impediu muitos clientes de pagar pelos empréstimos amplamente oferecidos durante os anos de crescimento econômico.

O banco central resgatou três grandes instituições em 2017 - o Otkritie, o B&N Bank e o Promsvyazbank - por meio de um novo mecanismo de apoio a bancos considerados grandes demais para irem à falência sem criar o risco de produzir um efeito dominó na economia do país.

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