Economia

Rússia corta mais de US$ 500 mi em gastos para Copa de 2018

Diante da crise econômica quer assola o país, o governo russo decidiu reduzir os gastos com hospedagem de atletas e infraestrutura


	Presidente russo, Vladimir Putin: o orçamento para a construção de estádios não foi alterado, mas também houve um drástico corte na verba para construção de centros de treinamento
 (Alexander Zemlianichenko/Pool/Reuters)

Presidente russo, Vladimir Putin: o orçamento para a construção de estádios não foi alterado, mas também houve um drástico corte na verba para construção de centros de treinamento (Alexander Zemlianichenko/Pool/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2015 às 12h20.

Moscou - A grave crise econômica que atravessa a Rússia por conta da baixa no preço do petróleo atingiu de novo a organização da Copa do Mundo de 2018. Nesta segunda-feira, o governo do país aprovou um novo plano que diminui em mais de US$ 500 milhões o orçamento previsto para a competição.

De acordo com a ordem assinada pelo primeiro-ministro Dmitry Medvedev e anunciada nesta segunda, o novo orçamento é 29,2 bilhões de rublos (cerca de R$ 1,7 bilhão) menor do que os 631,5 bilhões de rublos (pouco mais de R$ 36 bilhões) previstos inicialmente. Tudo isso graças ao corte de gastos públicos em boa parte das áreas do país.

Os cortes acontecerão na hospedagem dos atletas e na infraestrutura. O ministro do Esporte russo, Vitaly Mutko, já havia revelado em abril que o país planejava diminuir o número de hotéis de luxo, alertando que eles provavelmente ficariam vazios após a Copa. A redução foi confirmada nesta segunda.

"Estamos otimizando e cortando despesas. Para começar, estamos removendo o número excessivo de hotéis", explicou Mutko à agência local R-Sport.

Ainda de acordo com o ministro, o orçamento para a construção de estádios não foi alterado, mas também houve um drástico corte na verba disponível para construção de centros de treinamento para a seleção.

Desta forma, o país disponibilizará somente 36 CTs, e não 48 como previsto inicialmente. "Com a Fifa, fomos capazes de otimizar a lista de hotéis e CTs para receber as seleções", explicou Mutko.

Não está claro ainda quais serão os centros de treinamento que serão cortados. Uma lista preliminar revelada pela Rússia havia deixado algumas federações preocupadas, já que incluía regiões que vivem clima hostil, como a Chechênia e o Daguestão, onde forças islâmicas operam. Os organizadores da Copa garantiram a segurança destes locais e que estarão bem monitorados durante o torneio.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCopa do MundoCrise econômicaEsportesEuropaFutebolOrçamento federalRússia

Mais de Economia

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados