Economia

Rossi: novas linhas vão revolucionar plano agrícola

Na apresentação do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, o ministro da Agricultura destacou novas linhas de financiamento para a citricultura, pecuária e cana-de-açúcar

No total, o governo vai liberar R$ 107,2 bilhões em financiamentos na safra (Roberto Stuckert Filho/PR)

No total, o governo vai liberar R$ 107,2 bilhões em financiamentos na safra (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2011 às 13h23.

Ribeirão Preto - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse hoje, no discurso de apresentação do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, que o programa de liberação de recursos nesta safra "será uma revolução, porque consolida algo que foi construído na ultima década, que é o respeito à produção".

Rossi considerou que os planos anteriores tinham ficado rotineiros e citou as mudanças para a edição deste ano, com novas linhas de financiamento para a citricultura, pecuária e cana-de-açúcar. No total, o governo vai liberar R$ 107,2 bilhões em financiamentos na safra, a partir de 1º de julho.

Rossi iniciou o discurso lembrando da inédita linha de financiamento de R$ 300 milhões para a indústria de suco de laranja adquirir fruta para a produção a ser estocada. Segundo o ministro, as negociações para a linha de financiamento minimizaram o relacionamento conflituoso entre a indústria e produtores.

"Na laranja, durante 40 anos tivemos dificuldades de relacionamento, uma relação que se esgarçava com os produtores porque a diferença de poder era grande", disse Rossi. "Produtores de laranja merecem todo o apoio do governo brasileiro", completou. Para ele, a linha para financiar os estoques irá regular oferta de suco e garantirá os preços da bebida e da fruta. "Todo produtor participa a partir de agora dos lucros".

O ministro citou, ainda, a nova linha de financiamento para a renovação de canaviais, que prevê a liberação de recursos para a renovação de até 20% ou R$ 1 milhão por safra aos produtores. "Do ponto de vista da agricultura, o grande estrangulamento é a produtividade perdida com a falta de renovação dos canaviais. Esse programa atende toda a base do setor sucroalcooleiro, que é o produtor de cana", afirmou.

Rossi ressaltou também as primeiras linhas de financiamento para a pecuária, para a retenção de matrizes bovinas e, principalmente, a renovação de pastagens, o que deve aumentar a produtividade por hectare do plantel brasileiro "Queremos sair de 1,2 cabeças por hectare para até 3 cabeças por hectare em dez anos. Isso muda o patamar do plantel e libera terra para a agricultura", explicou.

Por fim, Rossi destacou a ampliação da linha de financiamento para o médio produtor, para até R$ 700 mil. "Queremos que o produtor médio tenha acesso aos meios para ser grande produtor", disse. O ministro, se dirigindo para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, repudiou a recente onda de violência no campo.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaGoverno DilmaPolítica agráriaTrigo

Mais de Economia

Conta de luz em SP fica mais cara a partir desta sexta; impacto no IPCA deve ser de até 0,10%

Haddad elogia retirada do ressarcimento do INSS do arcabouço fiscal

Toffoli homologa acordo para ressarcir vítimas de fraudes do INSS

Câmara dos Deputados aprova urgência para apreciação de projeto que revisa benefícios fiscais