Economia

Campos Neto afirma que alta de juros não está no cenário base do Banco Central

Mercado cogitou a possibilidade de alta de juros após a ata do Copom informar que política monetária precisaria ser mais contracionista, cautelosa e vigilante

Publicado em 27 de junho de 2024 às 12h48.

Última atualização em 27 de junho de 2024 às 12h55.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira, 27, que a alta de juros não está no cenário base do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, a comunicação adotada após a última reunião do colegiado optou por não sinalizar os próximos passos, como fez em reuniões anteriores. As declarações foram feitas durante a coletiva do Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

“Sobre alta de juros, não é o nosso cenário base. Nós não tivemos a intenção, na comunicação, de passar essa mensagem. A mensagem que a gente quis passar é não dar guidance, mas que seguimos vigilante depois de um amplo debate”, disse.

A possibilidade de alta de juros passou a ser debatida pelo mercado após a ata do Copom incorporar, entre as mensagens, que a política monetária precisaria ser mais contracionista e mais cautelosa, de modo a reforçar a dinâmica desinflacionária. Além disso, os diretores do BC afirmaram que serão vigilantes.

Campos Neto nega ambições políticas

Campos Neto também afirmou que não tem pretensões políticas e nunca teve uma conversa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para ser ministro da Fazenda se ele for eleito presidente da República.

“Eu nunca tive nenhuma conversa com o Tarcísio em nenhum momento para ser ministro. Sou muito amigo do Tarcísio e sempre conversamos bastante de economia. Não tenho qualquer pretensão política”, disse.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralRoberto Campos Neto

Mais de Economia

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês

Rui Costa diz que pacote de corte de gastos não vai atingir despesas com saúde e educação