Economia

Riscos políticos afetam encomendas à indústria da Alemanha

Encomendas à indústria da Alemanha caíram em maio pela primeira vez em dois meses e de forma mais acentuada do que o esperado


	Indústria na Alemanha: encomendas caíram 1,7% ante abril, quando houve alta revisada para 3,4%
 (Sean Gallup/Getty Images)

Indústria na Alemanha: encomendas caíram 1,7% ante abril, quando houve alta revisada para 3,4% (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 14h19.

Berlim - As encomendas à indústria da Alemanha caíram em maio pela primeira vez em dois meses e de forma mais acentuada do que o esperado, devido à sensação de aumento no risco geopolítico, informou nesta sexta-feira o Escritório Federal de Estatísticas.

As encomendas domésticas e do exterior foram fracas, muito embora as expectativas ainda são de crescimento dos pedidos do resto da zona do euro e das indústrias como um todo ao longo do segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores, disse o escritório.

As encomendas caíram 1,7 por cento ante abril, quando houve alta revisada para 3,4 por cento. Pesquisa da Reuters apontava para uma queda de 1,0 por cento.

"Por causa do bom início do segundo trimestre ainda podemos esperar um aumento nos pedidos da indústria para o segundo trimestre como um todo", disse a agência. "Mas certa cautela pode ser observada por causa do aumento do risco político."

O Escritório não especificou quais áreas são focos de preocupação, mas economistas, como do influente instituto Ifo de Munique, dizem que os empresários estão preocupados com a crise na Ucrânia e com o impacto sobre os preços do petróleo da insurgência no Iraque.

As empresas de bens de consumo viram os pedidos caírem 1,2 por cento em maio, depois de forte aumento do mês anterior.

Bens intermediários recuaram 3,4 por cento e as encomendas de bens de capital tiveram queda de 0,7 por cento, depois de forte alta em abril.

As encomendas domésticas para indústria de bens caiu 2,5 por cento, enquanto as do exterior recuaram 1,2 por cento, embora as encomendas da zona do euro tenham subido 5,7 por cento.

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