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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h43.
No primeiro bimestre, a produção industrial cresceu em 12 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média nacional, a produção acumula alta de 4,2%. As exceções são o Rio Grande do Sul e o Paraná, que apresentaram retração de 1,9% e 6,8%, respectivamente.
Somente em fevereiro, o Rio Grande do Sul viu sua produção declinar 1,3% sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses, a queda é de 3,6%. De acordo com o IBGE, o recuo verificado no bimestre refletiu o mau desempenho de oito dos 14 ramos industriais pesquisados. As maiores perdas foram registradas em máquinas e equipamentos (-18,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-10,1%) e calçados e artigos de couro (-6.7%). Já os destaques positivos ficaram com a produção de fumo (30%) e alimentos (5,1%).
No Paraná, a indústria encolheu7,4% em fevereiro, sendo a oitava queda consecutiva. No acumulado de 12 meses, o estado registrou sua primeira taxa negativa (-0,6%) desde abril de 2003. No bimestre, os paranaenses foram pressionados por oito de 14 atividades pesquisadas. As perdas mais pronunciadas foram sentidas em veículos automotores (-24,6%), edição e impressão (-26,9%) e máquinas e equipamentos (-18,4%). Refino de petróleo e produção de álcool (10,7%) e celulose e papel (9%) foram os setores com melhor desempenho no período.
Destaque positivo
As indústrias do Amazonas e do Pará foram os principais destaques positivos da pesquisa, com crescimento acumulado no bimestre de 11,9% e 10%, respectivamente. Os estados foram favorecidos pelo desempenho dos ramos de material eletrônico e comunicações (puxado, sobretudo, pelos televisores), e da indústria extrativa (minérios de ferro).
Já São Paulo apresentou desempenho abaixo da média nacional em fevereiro (5,1% de alta) e também no acumulado do ano (3,4%). Nos dois primeiros meses do ano, 13 das 20 atividades pesquisadas avançaram, com destaque para a produção de material eletrônico e equipamentos de comunicações (24,6%) e farmacêutica (15,9%). Entre os resultados negativos, os destaques são edição e impressão (-4,4%), metalurgia básica (-7,6%) e produtos de metal (-6,7%).