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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - Espécie de evento-teste para os países que sediam a Copa do Mundo de Futebol, a Copa das Confederações que o Brasil irá sediar em 2013 está entre as prioridades do Comitê Organizador Local da Copa de 2014, afirmou hoje (26) o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, que também preside o comitê.
"Nossa primeira prioridade é a Copa das Confederações", declarou Teixeira ao afirmar que as obras para adequação dos estádios escolhidos para as partidas da Copa do Mundo "estão dentro do limite. "Não existe um prazo determinado para que os estádios fiquem prontos [para a Copa do Mundo]. No entanto, no caso dos cinco que forem sediar a Copa das Confederações, deverão acelerar suas obras e estar prontos até o final de 2012, no máximo no início de 2013".
Durante a audiência, Teixeira se irritou com as perguntas feitas pelo deputado Sílvio Torres (PSDB-SP). Principalmente quando o parlamentar insistiu em saber o que aconteceria caso o projeto do governo federal que concede isenção de impostos à Federação Internacional de Futebol (Fifa) e às empresas por ela contratadas para organizar a Copa não seja aprovado ainda este ano. "Se a isenção de impostos não for aprovada o Brasil não poderá realizar a Copa do Mundo", afirmou Teixeira que, ao final da audiência, se negou a falar com a imprensa para esclarecer o assunto.
"O país vai investir cerca de R$ 100 bilhões no evento e todos os brasileiros têm o direito de obter esclarecimentos que ele [Ricardo Teixeira] não vem prestar", disse o deputado Sílvio Torres. O parlamentar paulista enviou uma mensagem à Fifa perguntando se o Brasil, por alguma razão, poderia perder o direito de sediar o campeonato.
Teixeira criticou a iniciativa do deputado. "Considero um desserviço levar ao exterior declarações de governantes no sentido de que o Brasil não tem condições de realizar uma Copa do Mundo", afirmou Teixeira, sem citar nomes, durante a audiência. "Isso foi motivo de chacota. Qualquer membro do Comitê Executivo da Fifa vai dizer que isso é, no mínimo um absurdo".
"Quem é contra a Copa no Brasil é quem não quer fazê-la com transparência", rebateu o deputado ao fim da audiência, encerrada após a discussão entre Teixeira e o parlamentar.
"O presidente do comitê organizador veio aqui para passar a ideia de que tudo está correndo as mil maravilhas, mas quem está falando lá fora que não está é o secretário geral da Fifa [Jerome Valcke], que [no início do mês] disse que o país está no caminho errado. As obras, especialmente nos aeroportos, estão atrasadas e agora há esta questão do projeto de lei das isenções, que dificilmente será aprovado em um ano eleitoral e que ele mesmo está dizendo que abre uma possibilidade de o país não sediar a Copa".