Líderes do G20: "o cenário que surge de nossa análise é que os efeitos das reuniões do G20 são pequenos, de vida curta, não sistemáticos e não robustos", conclui o estudo (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2014 às 08h44.
Frankfurt - Reuniões regulares de líderes e membros de bancos centrais do mundo têm pouco impacto no curto prazo sobre mercados financeiros, apesar da ampla cobertura da mídia, de acordo com pesquisa publicada pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta sexta-feira.
Pesquisadores do BCE observaram como o preço das ações e títulos mudou após reuniões do G20 entre novembro de 2007 e setembro de 2013 --momento de esforços globais para diminuir o impacto da crise financeira.
"O cenário que surge de nossa análise é que os efeitos das reuniões do G20 são pequenos, de vida curta, não sistemáticos e não robustos", conclui o estudo.
Evidências de que reuniões do G20 aliviavam as agitações do mercado financeiro --ao por exemplo fazer com que os preços das ações subissem e dos títulos de economias avançadas caíssem --são fracos.
"(Isso) sugere que o teor de informações e decisões das cúpulas do G20 tem sido de relevância imediata limitada para os participantes do mercado, ou já incorporada nos preços." O resultado contrasta com outra pesquisa similar sobre reuniões da União Europeia, do banco central do Estados Unidos e do G7, sendo que todas tiveram um claro impacto sobre os mercados.
A pesquisa focou apenas no impacto de curto prazo das reuniões do G20 e não julgou o efeito das reformas financeiras de longo prazo colocadas em prática nas cúpulas, ou os benefícios de as autoridades se conhecerem melhor.