Economia

Retiradas no segmento financeiro afetam fluxo cambial

Foi esse o segmento alvo das últimas ações do governo para retirar barreiras para entrada de recursos estrangeiros no país


	Nas duas últimas semanas, o Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações em renda fixa por investidores de outros países
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Nas duas últimas semanas, o Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações em renda fixa por investidores de outros países (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 16h51.

Brasília - A saída de dólares do país registrada na semana passada é mais um fator que pode contribuir para pressionar a cotação da moeda norte-americana no mercado brasileiro.

De acordo com o Banco Central (BC), na semana passada, a saída de dólares do país superou a entrada em US$ 1,512 bilhão. A maior parte do resultado negativo se deveu à retirada de dinheiro no segmento financeiro, que somou US$ 1,112 bilhão. O valor se refere ao saldo de operações como investimentos estrangeiros e remessas de lucros, entre outros.

Foi esse o segmento alvo das últimas ações do governo para retirar barreiras para entrada de recursos estrangeiros no país. Nas duas últimas semanas, o Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações em renda fixa por investidores de outros países. Também caiu o tributo sobre operações com derivativos cambiais.

Não é possível afirmar, no entanto, se as medidas tiveram sucesso, pois o BC não detalhou as operações financeiras na divulgação feita nesta quarta-feira, 19. A retirada do IOF, nos dois casos, pode até ter contribuído para que o saldo negativo fosse menor.

Como o saldo cambial foi positivo na primeira semana de junho, o resultado do mês está negativo em apenas US$ 69 milhões, segundo o BC. O dado mostra, contudo, uma mudança de tendência em relação a maio, quando o saldo ficou positivo em US$ 10,8 bilhões, maior valor desde julho de 2011.

Na área financeira, houve até melhora. O resultado do mês está positivo em US$ 33 milhões. Nos dois últimos meses, ficou negativo em mais de US$ 3 bilhões.

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