Economia

Retirada do estímulo do Fed é desafio, diz FMI

FMI alertou para desafios de se fazer "transição suave" na política monetária dos Estados Unidos pois a retirada das medidas de estímulo "não tem precedentes"


	Prédio do Federal Reserve em Washington: retirada das medidas de estímulo "não tem precedentes" por "sua quantia e complexidade", diz FMI
 (©AFP/Getty Images / Brendan Hoffman)

Prédio do Federal Reserve em Washington: retirada das medidas de estímulo "não tem precedentes" por "sua quantia e complexidade", diz FMI (©AFP/Getty Images / Brendan Hoffman)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 11h24.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta quarta-feira para os desafios de se realizar uma "transição suave" na política monetária dos Estados Unidos pois a retirada das medidas de estímulo "não tem precedentes" por "sua quantia e complexidade".

O Federal Reserve (Fed) anunciou há alguns meses que poderia iniciar no final de ano a retirada de seu milionário programa de compra de bônus, de US$ 85 bilhões ao mês, se a recuperação econômica se consolidar, o que gerou grande volatilidade nos mercados.

"É uma boa notícia que os Estados Unidos vão a entrar em processo de normalização monetária. Mas é um processo que conta com grandes desafios, já que não tem precedentes em relação a sua quantia e sua complexidade", afirmou hoje José Viñals, diretor do departamento de Assuntos Monetários do FMI, durante a apresentação do Relatório sobre Estabilidade Financeira da instituição.

"Do ponto de vista financeiro, a transição deveria limitar os riscos ligados a um prolongado período de baixas taxas de juros. Mas realizar uma transição suave pode trazer desafios", disse o documento.

O Fed iniciou no ano passado seu agressivo plano de estímulo monetário de compra de bônus e mantém suas taxas de juros de referência entre 0% e 0,25% desde 2009.

O FMI indicou que as expansivas políticas monetárias nas economias avançadas, com o objetivo de estimular a recuperação, "encorajaram os fluxos de capital para os mercados emergentes", que receberam mais de US$ 1 trilhão desde finais de 2008.

Esse desembarque em massa de capital faz com que os mercados emergentes sejam agora muito mais sensíveis às mudanças nas condições externas.

Diante deste cenário, o FMI recomendou aos emergentes permitir certa flexibilidade em suas moedas sem que se produza uma situação caótica em função da provável saída de fluxos de capital.

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