Economia

Resultado da inflação “veio um pouco acima” do esperado

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, garantiu que a taxa está sob controle no país


	Economia: o centro da meta estabelecido para 2013 pelo governo para a inflação medida pelo IPCA é 4,5%, podendo variar em dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Economia: o centro da meta estabelecido para 2013 pelo governo para a inflação medida pelo IPCA é 4,5%, podendo variar em dois pontos percentuais para cima ou para baixo. (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 14h11.

Brasília - O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, admitiu que o resultado da inflação “veio um pouco acima do esperado” em fevereiro, mas garantiu que ela está sob controle no país. Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi 0,6% no mês passado, alcançando 6,31% no acumulado de 12 meses.

A taxa anualizada é maior do que o resultado, na mesma comparação, registrado em janeiro de 2012, quando ficou em 6,15% para 12 meses. A taxa mensal, entretanto, ficou menor que a registrada em janeiro, quando chegou a 0,86%.

O centro da meta estabelecido para 2013 pelo governo para a inflação medida pelo IPCA é 4,5%, podendo variar em dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Analistas de mercado, no entanto, alteraram para 5,69% a projeção para a inflação oficial deste ano.

Para Nelson Barbosa a inflação irá caminhar para o centro da meta em um prazo adequado, pois está sob controle no Brasil. “A nossa expectativa é que ela vá caindo gradualmente ao longo do ano. Principalmente quando começar a ser transmitido [para o cálculo da inflação] o impacto da redução recente no índice do preço de commodities [produtos básicos], que caíram fortemente neste mês, mas isso demora de chegar na ponta”, explicou.

O secretário lembrou que a própria desoneração do setor elétrico, anunciada pelo governo em janeiro, terá impacto na taxa da inflação. “Houve, agora, o primeiro impacto da tarifa ao consumidor. Tem o impacto direto ainda, à medida que você reduz o custo de algumas empresas. Principalmente, micro e pequena empresa, e isso tende a ser transmitido também para os preços, gradualmente, onde se tem uma competição maior”, avaliou.

Ele negou que a inflação possa atrasar os planos do governo de anunciar novas desonerações, como a da cesta básica. Segundo ele, são coisas independentes e, no caso da cesta básica, o assunto está sendo avaliado e a proposta sendo fechada, com vários cenários.

Sobre a decisão do governo do Rio de Janeiro de suspender os pagamentos de dívidas, inclusive para a União, por se sentir prejudicado devido à aprovação do projeto de lei da nova distribuição do royalties do petróleo, Nelson Barbosa informou que o governo federal está analisando o assunto, embora não exista nenhum pedido nesse sentido.

“Evidente que o governo está monitorando, vai avaliar o impacto, mas não há nenhuma iniciativa nesse sentido”, destacou Barbosa.

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