Economia

Reservatórios vão fechar 2018 com 30% da capacidade

O diretor do ONS prevê que os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e do Nordeste do País vão chegar ao final do ano bem melhor do que em 2017

Cantareira; além de um volume de chuvas maior este ano, Barata destacou a entrada em operação de hidrelétricas de grande porte (Sabesp/Divulgação/Agência Brasil)

Cantareira; além de um volume de chuvas maior este ano, Barata destacou a entrada em operação de hidrelétricas de grande porte (Sabesp/Divulgação/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 17h22.

Rio - O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Barata, prevê que os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e do Nordeste do País vão chegar ao final do ano bem melhor do que em 2017, atingindo cerca de 30% da capacidade em cada região, contra os menos de 18% observados no Sudeste no ano passado e os menos de 15% no Nordeste.

"Estou mais tranquilo, mais confortável este ano, vamos chegar com condições muito melhores do que no ano passado", disse a jornalistas após evento sobre o setor elétrico na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Além de um volume de chuvas maior este ano, Barata destacou a entrada em operação de hidrelétricas de grande porte, como Belo Monte e a conclusão das usinas do Rio Madeira (Santo Antonio e Jirau), e o aumento da geração das energias renováveis.

No momento, como é período de chuvas, o vento está mais fraco, informa Barata. Mas a energia solar, por exemplo, está gerando bem acima do esperado, disse o executivo.

Barata defendeu ainda a construção de mais hidrelétricas no País, inclusive as previstas para o Rio Tapajós. "O projeto do Tapajós não é só para gerar energia elétrica, o projeto é logístico, de levar o desenvolvimento para o Norte do País", disse a jornalistas após o evento.

Segundo ele, as hidrelétricas foram "demonizadas" após o fracasso da hidrelétrica de Balbina, no Amazonas. Mas, depois disso, argumentou, o Brasil já teve vários exemplos bem sucedidos, como Belo Monte, Santo Antonio e Jirau.

"Todos os países que tinham potencial hidrelétrico exploraram esse potencial até o limite. Eu diria que é falta de uma discussão franca e transparente", finalizou.

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