Economia

Reservas internacionais dão prejuízo de R$ 44,5 bi ao BC

Apesar dessa forte perda, o BC anunciou que teve um lucro de R$ 12,2 bilhões no primeiro semestre, o melhor resultado para o período desde 2003

Diretoria do Banco Central acompanha atentamente os dados de inadimplência (Divulgação/Banco Central)

Diretoria do Banco Central acompanha atentamente os dados de inadimplência (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2011 às 19h55.

Brasília - As reservas internacionais geraram no primeiro semestre deste ano prejuízo de R$ 44,5 bilhões para o Banco Central, de acordo com dados do balanço do primeiro semestre da autoridade monetária, aprovado hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O prejuízo é dividido em duas partes. A primeira, de R$ 15,7 bilhões, se refere à diferença entre a rentabilidade das reservas e o custo dos recursos utilizados pelo BC para comprar dólares. A segunda parte é decorrente da perda de valor em dólar das reservas, por conta da valorização cambial de 6,31%.

Apesar dessa forte perda, o BC anunciou que teve um lucro de R$ 12,2 bilhões no primeiro semestre, o melhor resultado para o período desde 2003, basicamente em razão das operações de compra e venda de títulos públicos. O motivo para isso é que, como a acumulação de reservas é uma política de governo, ficou acertado que o Tesouro Nacional cobre integralmente eventuais prejuízos acarretados por essa operação. Dessa forma, a despeito da perda bilionárias com as reservas, o balanço do BC também contém uma receita extra de mesmo valor, por conta do aporte previsto para o Tesouro realizar.

Segundo o BC, o custo de captação de recursos das reservas internacionais foi de 4,56% no primeiro semestre de 2011. O diretor de Administração do BC, Altamir Lopes, informou que essa despesa é significativamente menor do que a taxa Selic, porque inclui outras formas de obtenção de recursos pelo BC para a aquisição de dólares, como depósitos compulsórios, que têm menor custo do que os títulos públicos.

Já a rentabilidade das reservas no primeiro semestre foi de apenas 1,55%. A diferença entre os dois números é que levou ao prejuízo de R$ 15,7 bilhões das reservas, que, adicionando-se o impacto da valorização do real, chegou a R$ 44,5 bilhões no primeiro semestre.

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