Economia

Reservas de mercados emergentes encolhem US$ 240 bi, diz BofA

Tendência que deve desacelerar, mas não desaparecer durante uma recuperação possivelmente lenta.

Bandeira chinesa: queda foi liderada em termos nominais pela China, Hong Kong, Arábia Saudita, Brasil e Turquia. (Jason Lee/Reuters)

Bandeira chinesa: queda foi liderada em termos nominais pela China, Hong Kong, Arábia Saudita, Brasil e Turquia. (Jason Lee/Reuters)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 9 de maio de 2020 às 08h17.

Última atualização em 9 de maio de 2020 às 08h17.

Países de mercados emergentes gastaram cerca de US$ 240 bilhões de suas reservas internacionais nos últimos dois meses para combater o impacto da pandemia, tendência que deve desacelerar, mas não desaparecer durante uma recuperação possivelmente lenta.

Essa é a avaliação do Bank of America Merrill Lynch em relatório divulgado na sexta-feira. A queda foi liderada em termos nominais pela China, Hong Kong, Arábia Saudita, Brasil e Turquia. Em porcentagem, a Turquia e o Egito registraram quedas particularmente fortes, disse o BofA. Já a Rússia optou por preservar recursos.

Os próximos meses não serão muito diferentes, escreveu o estrategista David Hauner.

“Países com problemas tradicionais de mercados emergentes, geralmente enraizados na falta de credibilidade política, enfrentam problemas graves de liquidez e muitos até mesmo de solvência”, disse. “No entanto, a maioria dos grandes mercados emergentes que define a classe de ativos superou esses problemas e enfrenta uma situação de liquidez difícil, mas não desesperadora.”

Em meio a problemas de liquidez, o BofA recomenda posição aplicada em juros em diversos países emergentes, para se beneficiar de uma recuperação lenta da economia global. O banco também recomenda estar comprado em moedas e dívida que sejam negociadas com preço baixo o suficiente para enfrentar uma tempestade. O BofA prefere a dívida soberana de Angola, Peru, Catar e Ucrânia.

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