Economia

Republicanos se dividem sobre cortes de Trump no orçamento

"Eu não concordo com cada linha", afirmou um deputado, notando que o Congresso seria "econômico, mas insensato" se aprovar os cortes à Guarda Costeira

Trump: o senador Rob Portman, que representa o Estado de Ohio, se disse contrário à eliminação do programa de limpeza dos Grandes Lados (Chip Somodevilla/Getty Images)

Trump: o senador Rob Portman, que representa o Estado de Ohio, se disse contrário à eliminação do programa de limpeza dos Grandes Lados (Chip Somodevilla/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de março de 2017 às 16h56.

Washington - Republicanos no Congresso dos Estados Unidos elogiaram a intenção do presidente Donald Trump para eliminar o que seriam gastos desnecessários no Orçamento, mas divisões começaram a aparecer em relação ao mérito das propostas.

"Eu não concordo com cada linha" do projeto, afirmou o hoje o deputado Leonard Lance, de Nova Jersey, notando que o Congresso seria "econômico, mas insensato" se aprovar os cortes sugeridos à Guarda Costeira, a alguns dos programas do Departamento de Justiça e ao fundo de apoio para as artes, que o presidente quer eliminar completamente.

Já o senador Rob Portman, que representa o Estado de Ohio, se disse contrário à eliminação do programa de limpeza dos Grandes Lados, que é custeado pela Agência de Proteção Ambiental (EPA).

As reações iniciais mostram o quão difícil é, para qualquer presidente, eliminar programas federais, muitos dos quais foram apresentados pelos próprios congressistas.

Na proposta orçamentária apresentada nesta quinta-feira, a Casa Branca pede fortes reduções de gastos em relação à ajuda externa e à pesquisa média, do apoio às artes, à pesquisa de mudanças climáticas e outros programas domésticos.

Esses recursos seriam canalizados para custear gastos maiores com o Exército, com a construção do muro na fronteira com o México e com programas para veteranos.

"Não resta dúvida de que este é um orçamento focado para impulsionar o "hard power" dos EUA", afirmou o diretor de orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, em relação a medidas que melhoram o apelo ou "soft power" do país no exterior.

A proposta também não toca nos cerca de US$ 2,5 trilhões em gastos anuais com desembolsos ou outros tipos de gastos obrigatórios como o Medicare ou outros programas de assistência social. Muitos republicanos defendem há muito a reavaliação desses programas.

Nesta manhã, o presidente da Câmara, Paul Ryan, afirmou que a proposta de Trump marca apenas o início da discussão orçamentária.

"Teremos uma audiência ampla sobre como as prioridades serão endereçadas", afirmou Ryan.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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