Economia

Repasse do Tesouro ajudou Previdência, diz economista

Em janeiro, o Tesouro transferiu R$ 968 milhões para as contas da Previdência Social


	Garibaldi Alves, ministro da Previdência: economista concorda com a previsão do ministro de déficit de R$ 50 bilhões na Previdência este ano
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Garibaldi Alves, ministro da Previdência: economista concorda com a previsão do ministro de déficit de R$ 50 bilhões na Previdência este ano (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 19h08.

Brasília - O economista-chefe da corretora Tullett Prebon, Fernando Montero, avaliou que a melhora nas contas da Previdência no primeiro bimestre deve estar associada ao ressarcimento do Tesouro Nacional pelas perdas com a desoneração da folha de pagamentos. Em janeiro, o Tesouro transferiu R$ 968 milhões.

Segundo Montero, é provável que tenha ocorrido outro repasse em montante semelhante em fevereiro. Os pagamentos do Tesouro à Previdência no ano passado só começaram em abril. Para ele, essa melhora não muda a perspectiva de déficit para o ano.

"Tenho que analisar melhor o comportamento das despesas. Mas o grosso da melhora tem a ver com o ressarcimento", explicou o especialista em contas públicas. O economista continua com a previsão de déficit de R$ 50 bilhões na Previdência este ano.

"Eu fico com Garibaldi!", comentou Montero sobre a previsão de R$ 50 bilhões de rombo nas contas do INSS feita pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves. A estimativa feita pelo ministro causou mal-estar no governo, que ainda não foi superado.

O governo programa para este ano um repasse de R$ 11 bilhões como compensação das desonerações. Em 2013, os pagamentos somaram R$ 9 bilhões. A previsão que constava no Orçamento de 2014 era de R$ 17 bilhões, mas o governo reduziu a estimativa no decreto de programação orçamentária.

A redução de R$ 6 bilhões ainda não foi explicada pela área econômica. Em 2014, o benefício da desoneração entrou em vigor para novos setores, fato que aumenta a especulação de que o governo subestimou essas despesas e pode empurrar parte delas para 2015.

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