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João Pedro Caleiro
Publicado em 21 de julho de 2014 às 16h01.
São Paulo - Já faz mais de dois anos e meio desde que o Costa <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/concordia">Concordia</a></strong> afundou na cidade costeira italiana de Isola del Giglio, deixando 32 mortos e um grande problema na mão das autoridades italianas.</p>
A operação de resgate - a maior do tipo na história - começou logo depois do naufrágio, com a remoção de milhares de toneladas de combustíveis que poderiam causar um enorme desastre natural.
Depois, o navio - duas vezes maior que o Titanic - foi virado e ficou instalado sobre uma plataforma até ser injetado com ar e voltar a flutuar, o que finalmente ocorreu na semana passada.
Se tudo der certo, o navio deve começar a ser rebocado amanhã para Gênova, onde será desmontado por centenas de pessoas ao longo de dois anos.
No balanço total, a operação completa, realizada pela consórcio americano-italiano Titan Micoperi, significa uma injeção de US$ 1,5 bilhão na economia da Itália.
O valor ainda pode subir para US$ 2 bilhões até a conclusão dos procedimentos, segundo Michael Tamm, presidente-executivo da Costa Crociere, dona do navio - que custou US$ 614 milhões para ser feito.
Ele afirma que 61% do valor gasto terá como destino bens e serviços italianos. E para a economia italiana, qualquer ajuda é bem-vinda.
O país praticamente não cresceu nas últimas duas décadas e a projeção de expansão do PIB para este ano foi cortada recentemente de 0,7% para 0,2%. Um em cada dois jovens está desempregado e a dívida pública é de 134% do PIB.
Matteo Renzi, o mais jovem primeiro-ministro da história da Itália, tem um plano ambicioso de reformas para dinamizar a economia do país, mas ainda não se sabe se elas conseguirão ir adiante na complicada dinâmica da política italiana.