Berlim, na Alemanha: o desendividamento será considerado a partir deste ano nos orçamentos federais e regionais do país (swinnerrr/Thinkstock)
AFP
Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 15h49.
Pela primeira vez em 22 anos, o famoso "relógio da dívida" nacional alemã, no centro de Berlim, começou a andar para trás, em um ritmo de 78 euros por segundo.
Na verdade, a dívida pública da Alemanha, que atualmente chega a cerca de 2 bilhões de euros - 23.827 euros per capita - recua desde 2013.
Mas o desendividamento só será considerado a partir deste ano nos orçamentos federais e regionais do país, explica a Federação Alemã de Contribuintes, que instalou o contador digital na sua porta em 1995.
A federação, especializada na caçada por gastos públicos inúteis, decidiu em 1 de janeiro ajustar o "Schuldenuhr" (relógio da dívida) para comemorar o tão esperado acontecimento.
Desde 2014, a chanceler alemã Angela Merkel e seu ex-ministro de Finanças, Wolfgang Schaüble, tornaram o equilíbrio orçamentário e a ausência de déficit os principais objetivos de sua política. Agora, o país inclusive terá superávits.
Com dívida de 68,1% do PIB, a Alemanha se aproxima dos critérios previstos pelo Tratado de Maastricht, ou seja, 60% da dívida.