Economia

Relatório de emprego dos EUA dá luz verde para alta de juros

A criação de vagas fora do setor agrícola somou 211 mil no mês passado


	Sede do Federal Reserve em Atlanta: a criação de vagas fora do setor agrícola somou 211 mil no mês passado
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Sede do Federal Reserve em Atlanta: a criação de vagas fora do setor agrícola somou 211 mil no mês passado (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 12h21.

Washington - A criação de vagas nos Estados Unidos foi sólida em novembro em uma demonstração da resiliência da economia, o que abre caminho para que o Federal Reserve, banco central do país, eleve a taxa de juros este mês pela primeira vez em quase uma década.

A criação de vagas fora do setor agrícola somou 211 mil no mês passado, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira.

Os dados de setembro e outubro foram revisados para mostrar um acréscimo de 35 mil vagas a mais do que anteriormente divulgado.

A taxa de desemprego permaneceu na mínima de 7 anos e meio de 5 por cento, mesmo com pessoas retornando à força de trabalho em um sinal de confiança no mercado de trabalho.

A taxa de desemprego está em uma faixa que muitas autoridades do Fed consideram como consistente com o pleno emprego.

O relatório de emprego foi divulgado um dia após a chair do Fed, Janet Yellen, dar um tom otimista sobre a economia quando falou a parlamentares, descrevendo como a economia atingiu os critérios estabelecidos pelo banco central para a primeira elevação da taxa de juros desde junho de 2006.

Yellen disse que a economia precisa criar pouco menos de 100 mil empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade de trabalhar. A reunião de política monetária do Fed será em 15 e 16 de dezembro.

Economistas consultados pela Reuters esperavam a criação de 200 mil novas vagas no mês passado, e que a taxa de desemprego permanecesse em 5 por cento.

O segundo mês de forte criação de vagas deve aliviar temores de que a economia estaria enfraquecida, após relatórios mostrando gastos fracos do consumidor em outubro e desaceleração da indústria em novembro. A indústria contraiu em novembro pela primeira vez em três anos.

Embora o crescimento da renda tenha desacelerado em novembro, economistas dizem que isso se deveu principalmente a um reajuste depois dos fortes ganhos de outubro, devido a questões de calendário. Evidências e dados de custos relacionados ao emprego sugerem que o estreitamento das condições do mercado de trabalho está começando a colocar pressão de alta nos salários.

A renda média por hora trabalhada aumentou quatro centavos de dólar, ou 0,2 por cento, ante 0,4 por cento em outubro. Os ganhos de empregos em novembro foram generalizados, embora a indústria tenha cortado mil vagas e a mineração, 11 mil.

A indústria tem sido afetada pelo dólar forte, por esforços para reduzir os estoques e cortes de gastos por empresas de energia que reduzem a perfuração e exploração de poços em resposta à queda dos preços do petróleo.

O setor de construção teve criação de 46 mil postos de trabalho no mês passado. As vagas no varejo subiram em 30,7 mil.

Texto atualizado às 13h20
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