"É efeito da safra", afirmou o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, Rafael Costa Lima, referindo-se, especialmente, ao momento atual do etanol (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2013 às 16h31.
São Paulo - Levantamento distribuído nesta terça-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostrou que a relação entre os preços médios do etanol e da gasolina alcançou o nível de 64,84% na segunda semana de junho na capital paulista.
O número apurado representou recuo ante o verificado na primeira semana do mesmo mês, quando a relação havia sido de 65,74% e já havia atingido a menor marca desde a terceira semana de junho de 2011 (65,7%). Agora, o nível verificado continuou no menor em dois anos, uma vez que representou a relação mais baixa desde a segunda semana de junho de 2011 (62,96%).
De acordo com especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor ao etanol é de 70% do dos motores a gasolina.
Na segunda semana de junho de 2012, a relação estava em 68,38%. "É efeito da safra", afirmou o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, Rafael Costa Lima, referindo-se, especialmente, ao momento atual do etanol. Na análise específica sobre o comportamento isolado dos preços dos combustíveis, as notícias para o consumidor de São Paulo continuam cada vez mais favoráveis.
Segundo outro tipo de levantamento da Fipe, que leva em conta a metodologia do IPC, o valor médio do etanol apresentou expressiva queda, de 8,59%, na segunda quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados no sábado, 15) ante recuo de 7,08% na primeira quadrissemana do mês (últimos 30 dias terminados no dia 7). Quanto à gasolina, o combustível também intensificou a baixa entre a primeira e a segunda medição de junho. No levantamento da Fipe por meio do IPC, o declínio no valor médio do derivado do petróleo passou de 1,39% para 1,65%.