Economia

Relação entre etanol e gasolina atinge 60,80% em agosto

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação ao da gasolina quando seu preço representa mais de 70% do valor do combustível fóssil


	Carro sendo abastecido: segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, André Chagas, o preço do etanol continua sendo mais competitivo
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Carro sendo abastecido: segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, André Chagas, o preço do etanol continua sendo mais competitivo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2015 às 17h36.

São Paulo - A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta quinta-feira, 3, que a relação entre os preços do etanol e da gasolina em agosto em São Paulo atingiu o patamar de 60,80%, o nível mensal mais baixo desde setembro de 2010 (58,30%).

Considerando somente meses de agosto, é o menor também desde 2010, quando ficou em 57,80%. Em julho de 2015, a relação ficou em 61,34%.

Na avaliação de especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação ao da gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor do combustível fóssil. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder da gasolina.

Segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, André Chagas, o preço do etanol continua sendo mais competitivo, uma vez que está em queda mais acentuada que o da gasolina.

No IPC de agosto, os preços do etanol caíram 1,37%, o que pesou para o declínio de 0,65% do preço da gasolina.

"Estamos em plena safra de cana e o produtor não está conseguindo deslocar a produção para o açúcar porque o preço não está interessante", disse, sobre a maior oferta de etanol.

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