O novo piso do IR britânico terá prazo inicial de dois anos, enquanto a taxa sobre lucros inesperados do setor energético vigorará de janeiro de 2023 a março de 2028, segundo Hunt (Jason Lee/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de novembro de 2022 às 10h57.
O ministro de Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, fez novos anúncios sobre o planejamento fiscal do governo do primeiro-ministro Rishi Sunak, em discurso no Parlamento britânico na manhã desta quinta-feira, 17. De acordo com ele, os novos planos devem tornar a recessão econômica no país "mais rasa" e o aumento do desemprego "menor".
Entre as principais mudanças planejadas, o governo vai reduzir o piso da alíquota máxima de 45% do imposto de renda, de 150 mil libras a 125,140 mil libras por ano, e aumentará a taxa a ser paga sobre lucros inesperados de empresas do setor de petróleo e gás, de 25% a 35%.
O novo piso do IR britânico terá prazo inicial de dois anos, enquanto a taxa sobre lucros inesperados do setor energético vigorará de janeiro de 2023 a março de 2028, segundo Hunt.
Downing Street ainda vai reduzir o subsídio de dividendos, de 2 mil libras atuais para 1 mil libras no próximo ano e, em seguida para 500 libras em abril de 2024, anunciou o ministro.
O plano fiscal do governo contém também metas, como reduzir a dívida pública sobre o PIB a partir do quinto ano do período de rolagem. Ele ainda destacou que, apesar das reformas no imposto, as alíquotas cobradas sobre a renda dos britânicos não foram alteradas.
"Enquanto um governo do partido Conservador, não deixaremos nossa dívida para as gerações futuras", afirmou o ministro, sob protestos da oposição Trabalhista.
De acordo com Hunt, as prioridades do governo são "estabilidade, crescimento e serviços públicos".
Hunt ainda destacou as novas projeções do Escritório de Responsabilidade Orçamentária (OBR, na sigla em inglês) do Reino Unido, uma agência independente do governo. Segundo ele, a entidade crê que a economia britânica está em recessão.
O OBR projeta crescimento do PIB de 4,2% em 2022, e contração de 1,4% em 2023. Já a inflação deve ficar em 9,1% este ano e 7,4% no próximo. Por fim, a taxa de desemprego terminará 2022 em 3,6% e atingirá 4,9% em 2024, destacou Hunt.
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