Economia

Reguladores trabalham em regra para avaliar ativos de bancos

Reguladores globais estão planejando primeira regulação comum para avaliar ativos de bancos que são difíceis de precificar


	Bancos: iniciativa pode encontrar resistência do setor financeiro, em meio a temores que uma avaliação mais conservadora dos preços dos ativos atingiria bônus e afetaria exigências de capital
 (Fernando Cavalcanti/VEJA SP)

Bancos: iniciativa pode encontrar resistência do setor financeiro, em meio a temores que uma avaliação mais conservadora dos preços dos ativos atingiria bônus e afetaria exigências de capital (Fernando Cavalcanti/VEJA SP)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 12h04.

Londres - Reguladores globais estão planejando para daqui a três anos a primeira regulação comum para avaliar ativos de bancos que são difíceis de precificar, depois de revisões inesperadas terem deixado investidores inquietos, disse à Reuters o responsável por supervisionar o plano.

A iniciativa pode encontrar resistência do setor financeiro, em meio a temores que uma avaliação mais conservadora dos preços dos ativos atingiria bônus e afetaria exigências de capital.

"Os reguladores não têm referência para a avaliação de ativos de bancos", disse David Tweedie, chairman do Conselho Internacional de Padronização de Avaliação (IVSC, na sigla em inglês), uma entidade independente e sem fins lucrativos do setor privado que desenvolve normas de avaliação.

"Nosso trabalho é dizer como você chega ao valor. Vamos chegar a um modelo. Dentro de dois a três anos devemos ter feito as grandes (avaliações)", disse Tweedie em entrevista à Reuters.

Apesar de alertas sobre os perigos de se fazer legislações apressadamente, o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), que coordena a regulação para o grupo G20, está encorajando o trabalho para preencher lacunas postas em evidência pela crise financeira de 2007 a 2009, e pelos anúncios mais recentes de bancos.

Tweedie disse que vai começar nesta semana a formar uma força tarefa de reguladores, agências de classificação e contadores para buscar grandes variações em valores e os métodos de precificação utilizados.

"O trabalho chave será sobre derivativos e como lidar com eles quando não há um mercado. Podemos enfrentar resistência, já que isso pode afetar bônus e exigências de capital", disse Tweedie.

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