Economia

Maioria das regiões brasileiras reduzem ritmo de crescimento

Segundo estudo do Banco Central, a Norte foi a única região que cresceu com "dinamismo expressivo"

Para o BC, o freio na economia é resultado, principalmente, do processo de elevação da taxa básica de juros, a Selic

Para o BC, o freio na economia é resultado, principalmente, do processo de elevação da taxa básica de juros, a Selic

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 15h33.

Brasília - A economia brasileira está em momento de arrefecimento do ritmo de expansão da demanda por produtos e serviços e moderação no crescimento da produção. A avaliação é do Banco Central (BC), que divulgou hoje (19) o Boletim Regional, publicação trimestral para apresentar as condições econômicas por regiões do país.

Para o BC, esse freio na economia é resultado, principalmente, do processo de elevação da taxa básica de juros, a Selic, e das medidas macroprudenciais de contenção do crédito, adotadas no final de 2010. Atualmente, a Selic está em 12% ao ano.

Sobre as regiões brasileiras, o BC avalia que o Norte representa uma exceção a esse desempenho da economia do país. A região apresentou “dinamismo expressivo no primeiro trimestre do ano, ressaltando-se a aceleração, na margem, do ritmo de expansão da indústria, estimulada pela robustez da demanda interna e pelo crescimento das exportações”. O Índice de Atividade Econômica Regional – Norte (IBCR-N), calculado pelo BC, registrou aumento de 4,2% no trimestre encerrado em fevereiro, em relação ao finalizado em novembro, considerados dados dessazonalizados (ajustados para o período).

A Região Nordeste registrou desempenho negativo na indústria, menor expansão das vendas varejistas e eliminação de empregos formais. Com esse cenário, o IBCR-NE cresceu 0,5%, nessa mesma base de comparação.

De acordo com o BC, “o ritmo de crescimento da economia da Região Centro-Oeste vem apresentando arrefecimento no início de 2011, movimento associado, principalmente, ao desempenho negativo da indústria”. O IBCR-CO aumentou 0,6% no trimestre encerrado em fevereiro, em relação ao finalizado em novembro, quando cresceu 1,8%.

No Sudeste, como reflexo da manutenção no ritmo de expansão das vendas varejistas e o recuo na produção industrial, o IBCR-SE cresceu 0,9%.

Na Região Sul, houve retomada do crescimento industrial e impacto da evolução favorável dos indicadores do mercado de trabalho sobre o comércio varejista. O IBCR-S cresceu 1,3% no trimestre encerrado em fevereiro, em relação ao finalizado em novembro.

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