Economia

Refugiados contribuem mais do que gastam nos EUA

Estudo vazado ao jornal The New York Times mostra que Donald Trump preferiu esconder pesquisa que apontava dados positivos da imigração

Nova York: em junho, americanos e imigrantes se manifestaram em frente  à Trump Tower por direitos de refugiados; em debate geral da ONU, Trump defendeu rigoroso controle de fronteiras (Drew Angerer/Getty Images/Getty Images)

Nova York: em junho, americanos e imigrantes se manifestaram em frente à Trump Tower por direitos de refugiados; em debate geral da ONU, Trump defendeu rigoroso controle de fronteiras (Drew Angerer/Getty Images/Getty Images)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 19h07.

Última atualização em 20 de setembro de 2017 às 10h12.

A questão dos refugiados é um dos assuntos que devem ser discutidos pelos líderes mundiais na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que teve sua abertura oficial nesta terça, com o debate geral anual. Donald Trump, que tem adotado uma série de políticas anti-imigração, afirmou em seu discurso que refugiados precisam ser tratados com decência e compaixão, mas que a migração descontrolada é injusta com os países que os recebem. Um dos principais argumentos dos países para fechar as portas para refugiados é o fato de que eles representariam, em tese, uma sobrecarga aos cofres públicos.

Mas um estudo do Departamento de Saúde e Serviços Humanitários dos Estados Unidos mostrou que, nos últimos dez anos, os refugiados recebidos pelo país contribuíram com 63 bilhões de dólares a mais do que o total gasto com eles. O estudo foi encomendado pelo próprio presidente americano,  que imaginava receber argumentos para reduzir ainda mais a cota de refugiados que o país aceitou receber. Contudo, diante dos dados “inesperados” para a administração, a Casa Branca não divulgou os números. O estudo acabou vazando e sendo divulgado pelo jornal The New York Times nesta terça-feira.

Em janeiro, junto com a medida que proibiu imigrantes de sete países de origem muçulmana de entrar nos EUA, Trump também reduziu de 110.000 para 50.000 a cota de refugiados que os americanos aceitariam receber em 2017. Abaixo, veja os números do relatório do Departamento de Saúde e da quantidade de refugiados no país.

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