Economia

Reforme e eles virão? Os dados de investimento estrangeiro

UNCTAD mostrou que Brasil subiu em ranking internacional de destino para investimento; agora será a vez de o Banco Central confirmar melhora

Gasoduto: óleo e gás puxou a entrada de investimentos estrangeiros em 2019 (André Valentim/Divulgação)

Gasoduto: óleo e gás puxou a entrada de investimentos estrangeiros em 2019 (André Valentim/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 27 de janeiro de 2020 às 07h30.

São Paulo — O Brasil está na mira dos investidores? Mais um sinal será conhecido nesta segunda-feira (27) com a divulgação, pelo Banco Central, dos dados de conta corrente e de investimento estrangeiro direto para dezembro.

Os sinais são positivos. O Monitor de Tendências de Investimentos Globais, divulgado na última terça-feira (20) pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), mostrou que o Brasil recebeu US$ 75 bilhões em investimentos de fora no ano passado.

Foi uma alta de 26% em relação aos US$ 60 bilhões recebidos em 2018, o suficiente para levar o país da nona para a quarta posição entre os principais destinos internacionais.

O Brasil ficou atrás apenas de Estados Unidos, com US$ 251 bilhões, China, com US$ 140 bilhões, e Cingapura, com US$ 110 bilhões. No balanço geral, o mundo teve um fluxo de investimento no mesmo nível do ano anterior.

Segundo o relatório da UNCTAD, parte da atratividade brasileira foi fruto do programa de privatizações, citando a venda da distribuidora de gás Transportadora Associada de Gás (TAG) por US$ 8,7 bilhões. Se as privatizações deslancharem é de se esperar números ainda mais vistosos quando chegar a hora do balanço de 2020.

Atrair mais investimentos é uma das prioridades da gestão de Jair Bolsonaro, num ambiente de crescentes preocupações sobre o ritmo de crescimento da economia global. Semana passada o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a focar sua participação no fórum econômico de Davos em mostrar que as reformas têm colocado a economia brasileira no caminho certo.

O desafio é mostrar que o país tem mais a oferecer que a lição de casa bem feita. Chamou a atenção, em Davos, a falta de uma agenda mais consistente para o país na área ambiental, foco do encontro deste ano na Suíça. Para atrair investidores de longo prazo, com taxas de juro no menor patamar da história, este é um dos pontos em que o governo tem a evoluir.

Acompanhe tudo sobre:Exame HojeInvestimentos de empresas

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto