Mario Draghi exigiu "novamente às autoridades gregas para que ajam rapidamente para estabelecer a cultura de pagamento e abster-se de qualquer ação unilateral contrária" (Boris Roessler/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 14h12.
Frankfurt - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, considerou nesta terça-feira que a lista de medidas da Grécia "cobre um amplo campo de áreas de reformas" e que são "suficientemente completas".
Em carta dirigida ao presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, Draghi disse que o documento da lista de medidas é "um ponto de partida válido para uma conclusão bem-sucedida da análise".
O presidente do BCE exigiu "novamente às autoridades gregas para que ajam rapidamente para estabelecer a cultura de pagamento e abster-se de qualquer ação unilateral contrária".
O governo grego se comprometeu a modernizar o sistema fiscal e a administração pública, a reformar a seguridade social, a lutar contra a corrupção e a não reverter nenhuma privatização que já tenha se materializado.
"No entanto, como esperávamos, as autoridades não puderam elaborar propostas e compromissos concretos que possam ser avaliados pelas instituições em relação ao crescimento, às finanças públicas e à estabilidade financeira. Dado o limitado tempo disponível, isto é compreensível", segundo o presidente do BCE.
"Creio que esteja claro que a base para concluir a análise atual e também para acordos futuros serão os compromissos existentes no atual Memorando de Entendimento e o Memorando de Políticas Financeiras e Econômicas", continua Draghi na carta.
O comunicado afirma que "os compromissos descritos pelas autoridades diferem dos compromissos do programa existente em um número de áreas", segundo o presidente do BCE.
"Nestes casos, teremos que avaliar durante a análise se as medidas que não são aceitas pelas autoridades serão substituídas por medidas da mesma ou melhor qualidade em termos de alcançar os objetivos do programa", acrescentou Draghi.