Economia

Reforma tributária: na última hora, Câmara inclui carnes na cesta básica

Deputados aprovaram texto-base mais cedo

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 10 de julho de 2024 às 21h12.

Última atualização em 10 de julho de 2024 às 21h12.

Tudo sobreReforma tributária
Saiba mais

De última hora, a Câmara decidiu incluir as carnes na cesta básica com alíquota zero da Reforma Tributária. A medida havia ficado de fora do texto-base, mas os parlamentares conseguiram apoio a uma emenda destacada em plenário para acrescentar as proteínas animais na isenção total de impostos.

— Estamos acolhendo no relatório do reforma todas as proteínas — disse o relator Reginaldo Lopes (PT-MG).

O líder do governo na Câmara, José Guimarães, que mais cedo chegou a dizer que o PT e o governo não iriam fazer emendas para carnes, disse comunicou a inclusão:

— Quero comemorar a inclusão das proteínas na cesta básica. A cada minuto temos uma agonia.

Antes, as carnes estavam na lista de redução de 60% da alíquota do IVA (Imposto Sobre Valor Agregado). A inclusão ocorreu após pressão do setor do agronegócio, contrariando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-A). O presidente Lula era favorável à entrada das proteínas na taxa zero.

Um temor dos técnicos do governo é o aumento da alíquota-base, estimada em 26,5%. Cálculos do Ministério da Fazenda apontam que essa alíquota subiria 0,5 ponto em caso de inclusão das carnes na cesta básica.

— Uma coisinha a mais ou a menos não impactam na espinha dorsal — disse Guimarães.

O deputado Odair Cunha disse que a reforma tem mecanismos de ajuste:

— O próprio sistema da reforma tem mecanismos de ajustes e também não encerramos o processo. Diante do diálogo feito com as lideranças e a vontade do presidente Lula, há uma decisão política de garantirmos o barateamento das proteínas

O texto-base de regulamentação que trata das regras de criação do novo sistema de tributos sobre o consumo. PIS, Cofins, IPI, ISS e ICMS darão lugar aos futuros Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Foram 336 votos favoráveis à aprovação do texto-base, 142 contrários e 2 abstenções. É um resultado bem acima dos 257 votos favoráveis necessários.

Acompanhe tudo sobre:Reforma tributáriaCarnes e derivados

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE