Economia

Reforma é insuficiente, diz economista do Banco Mundial

Segundo Heinz Rudolph, economista líder do banco, novas reformas precisarão rever a idade mínima de aposentadoria das mulheres e o regime do setor público

Banco Mundial: no caso do regime do setor público, o economista afirmou que será preciso encontrar uma "solução cooperativa" entre Estados e governo federal (Win McNamee/Getty Images/Getty Images)

Banco Mundial: no caso do regime do setor público, o economista afirmou que será preciso encontrar uma "solução cooperativa" entre Estados e governo federal (Win McNamee/Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 14h46.

Última atualização em 11 de dezembro de 2017 às 15h59.

Rio de Janeiro - A reforma da Previdência proposta pelo governo federal é significativa, mas insuficiente, afirmou nesta segunda-feira, 11, Heinz Rudolph, economista líder do Banco Mundial para o setor financeiro no Brasil.

Segundo o especialista, que analisou a questão previdenciária no estudo sobre gastos públicos no Brasil, divulgado recentemente pelo banco multilateral, novas reformas precisarão rever a idade mínima de aposentadoria das mulheres e o regime do setor público.

"A reforma é significativa, mas ainda é insuficiente", afirmou Rudolph, em palestra no seminário "Previdência: o desafio imposto pela longevidade", organizado pelo Banco Mundial e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio.

Outra alteração que será necessária em reformas futuras será reduzir a "taxa de reposição", ou seja, o quanto o valor da aposentadoria representa em relação ao salário do trabalhador na ativa, conforme o economista. "Se você fala no resto do mundo que o aposentado quer uma taxa de reposição de 100%, está totalmente fora de questão", afirmou Rudolph.

No caso do regime do setor público, o economista afirmou que será preciso encontrar uma "solução cooperativa" entre Estados e governo federal. Outro tema que terá que ser enfrentado, completou Rudolph, será a desvinculação do benefício previdenciário mínimo do salário mínimo."

A política de indexação do salário mínimo terá que ser muito conservadora para diminuir o déficit previdenciário no futuro", afirmou o economista.

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