Economia

Reforma administrativa terá de ser repensada no pós-crise, diz Maia

Presidente da Câmara citou ainda que, após a crise, país deve aprovar marcos regulatórios para garantir o investimento e retomada da economia

Rodrigo Maia: "Quem pensava uma reforma administrativa antes dessa pandemia com uma relação dívida/PIB de 70%, agora vai ter que pensar uma relação dívida/PIB com 100%" (Adriano Machado/Reuters)

Rodrigo Maia: "Quem pensava uma reforma administrativa antes dessa pandemia com uma relação dívida/PIB de 70%, agora vai ter que pensar uma relação dívida/PIB com 100%" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2020 às 10h57.

Última atualização em 21 de maio de 2020 às 15h57.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 21, em videoconferência com governadores e com o presidente Jair Bolsonaro, que o "pós-crise" do coronavírus vai implicar mudanças na reforma administrativa, discutida no início do ano. Segundo ele, a reforma deverá ser pensada "não só do ponto de vista da economia, mas da qualidade do gasto público".

"No pós-pandemia teremos uma nova realidade e uma necessidade de reorganização do Estado brasileiro também em outro patamar. Quem pensava uma reforma administrativa antes dessa pandemia com uma relação dívida/PIB de 70%, agora vai ter que pensar uma relação dívida/PIB com 100%", disse.

O deputado pregou a união dos entes da federação no combate à covid-19 para embasar o momento pós-crise. "A união de todos no enfrentamento da crise vai criar, com certeza, as melhores condições para que no segundo momento, no pós-pandemia, possamos tratar da recuperação econômica", afirmou.

O presidente da Câmara citou ainda que, após a crise, o País deve focar a aprovação de marcos regulatórios de vários setores, começando pelo do saneamento, para garantir o investimento e retomada da economia.

Na reunião desta quinta, as autoridades discutem o projeto de socorro aos Estados e municípios, que inclui o debate sobre o veto ao trecho sobre o reajuste salarial para servidores públicos até o fim de 2021.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraReforma AdministrativaRodrigo Maia

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo