Entre os aumentos previstos para este ano estão o da gasolina e do diesel, já sinalizados pelo governo e que os economistas acreditam que deva ocorrer no primeiro semestre (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 09h16.
São Paulo - Há pouca pressão desinflacionária no cenário de preços para este ano. A constatação é do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, Rafael da Costa Lima.
Ele lembra que, em 2012, houve um viés de redução de preços no primeiro semestre por causa da crise internacional, o que não deve ocorrer em 2013.
Entre os aumentos previstos para este ano estão o da gasolina e do diesel, já sinalizados pelo governo e que os economistas acreditam que deva ocorrer no primeiro semestre. Fábio Romão, economista da LCA Consultores, projeta alta de 7,5% para a gasolina e de 10% para o diesel.
Também os preços dos eletrodomésticos (fogões, geladeiras e lavadoras) e dos automóveis estão na fila dos aumentos por causa da volta gradual da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) programada, mês a mês, para o primeiro semestre.
As montadoras já sinalizaram aumentos de preços além da volta gradual do IPI. Volkswagen, por exemplo, já informou aos revendedores que, além do IPI, deve reajustar sua tabela em até 2%.
Além disso, como 2012 foi um ano eleitoral, os reajustes de transporte urbano ficaram represados e a perspectiva é de que eles ocorram neste ano.
"Como a tarifa de transporte público não subiu em 2012 por causa do calendário eleitoral, normalmente no ano seguinte vem a compensação", observa o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.