Economia

Redução de juros e impostos viabiliza crescimento, diz Dilma

Segundo Dilma, não se pode mais esperar que a economia cresça para dividir os dividendos com a população

Dilma Rousseff: "Queremos, de forma sistemática, reduzir os custos no Brasil" (©AFP / Evaristo Sa)

Dilma Rousseff: "Queremos, de forma sistemática, reduzir os custos no Brasil" (©AFP / Evaristo Sa)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2012 às 16h21.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse hoje (13) que o governo irá reduzir os juros e os impostos para viabilizar o crescimento do país. Ela disse, também, que a atual taxa de câmbio é benéfica para a indústria nacional.

"Queremos, de forma sistemática, reduzir os custos no Brasil. Não como estão fazendo lá fora que é reduzir os ganhos sociais e salários, queremos reduzir custos baseado em redução de impostos e capacitação da nossa força de trabalho, nosso caminho não é o de tirar direitos dos trabalhadores", disse a presidente, em discurso durante a cerimônia de batismo da Plataforma P-59 da Petrobras em Maragogipe, na Bahia.

Dilma citou uma frase do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para defender a redução de juros e disse que o nível atual da taxa de câmbio é necessário para evitar o enfraquecimento da indústria nacional com o favorecimento da entrada de produtos importados.

"Estamos mofidicando algumas condições no Brasil que geram entraves para o crescimento econômico e sustentável. A primeira mudança tem sido a redução dos juros que está em um nível nunca visto antes na história desse país, como dizia nosso presidente Lula. Outra é a taxa de câmbio que impede que nossa indústria seja sucateada".

Segundo Dilma, não se pode mais esperar que a economia cresça para dividir os dividendos com a população. "Foi-se o tempo em que foi concebível que o bolo precisava crescer para ser distribuído depois. Agora, à medida que cresce o bolo repartimos, isso leva a um bolo maior que o inicial".

A Petrobras investiu US$ 360 milhões na plataforma batizada hoje. A P-59 alcança a 9,1 mil metros de profundidade e pode perfurar poços sob condições de alta temperatura e pressão. Segundo Dilma, a construção da plataforma se deve à "teimosia" da indústria brasileira e é simbólica para a retomada da produção naval nacional.

"O que tem aqui nessa plataforma não e só aço, nem apenas todo o sistema altamente computadorizado que permite que se extraia [petróleo] sem um grande risco para o ser humano. O que está aqui é um caminho de futuro, o fato de que vamos continuar gerando aqui emprego e renda para os brasileiros".

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