Economia

Redução das emissões do setor energético é foco, diz Dilma

Dilma lembrou que, quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas não é suficiente, são as térmicas, mais poluentes, que abastecem o país


	Torre de energia elétrica: além do setor energético, a presidente ressaltou alternativas para que o país se aproxime do cumprimento da meta assumida.
 (Reuters/Ina Fassbender)

Torre de energia elétrica: além do setor energético, a presidente ressaltou alternativas para que o país se aproxime do cumprimento da meta assumida. (Reuters/Ina Fassbender)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h33.

Brasília - Ao reconhecer como vitória a diminuição do desmatamento como principal impulsionador da redução das emissões de gases de efeito estufa, a presidente Dilma Roussef disse hoje (5) que o Brasil precisa se preocupar agora com as emissões geradas por outros setores, como o de energia. Dilma lembrou que, quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas não é suficiente, são as térmicas, fontes mais poluentes, que assumem a função de abastecer de energia o país.

“Nós, que definimos de forma voluntária um objetivo, no horizonte de 2020, de redução de emissão de gases de efeito estufa entre 36,1% e 39%, vamos continuar no processo para diminuir esse desafio, sabendo que ele se tornou extremamente passível de ser cumprido, mas, ao mesmo tempo, colocou para nós problemas que temos que enfrentar”, disse a presidente

“Temos que enfrentar o fato de que, se continuarmos a fazer hidrelétricas a fio d’água, se continuarmos a ter a fórmula e também a arquitetura da energia renovável como temos neste momento, haverá uma tendência inexorável de aumento das térmicas na nossa matriz”, destacou.

Além do setor energético, a presidente ressaltou alternativas para que o país se aproxime do cumprimento da meta assumida. Uma das bandeiras do governo brasileiro é capitaneado pelo Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) que, no Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014 lançado ontem (4), destinou R$ 4,5 bilhões para práticas como plantio direto, alternância de culturas e integração lavoura-pecuária-floresta.

“É um crédito de boa qualidade, barato e com prazo maior. O uso dessas técnicas, mais adequadas ao meio ambiente, é extremamente eficiente e o produtor ganha porque produz mais, com melhor qualidade e menor custo”, disse.

O modelo de crescimento sustentável que foi adotado pelo Brasil tem sido reconhecido pela comunidade internacional. “A força do Brasil perante o mundo está no modelo que mostramos ser possível, que combina meio ambiente, com redução de desigualdade, aumento de produtividade e inovação. Temos que colocar o conhecimento no centro das discussões”, disse Dilma, acrescentando que o governo já destinou R$ 3 bilhões para pesquisas na área de energias renováveis.

“Não podemos confiar apenas nas nossas vantagens de solo e clima. Só usando tecnologia para o crescimento com sustentabilidade daremos o salto nos próximos anos”, destacou a presidente durante reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), no Palácio do Planalto.

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