Economia

Recuperação da Europa pode ter perdido o ímpeto no 4o trimestre

PARIS (Reuters) - As maiores economias da Europa divulgaram relatórios nesta quarta-feira que sugerem que o crescimento diminuiu fortemente nos últimos meses de 2009, após o bom resultado que tirou boa parte da região dos números recessivos no terceiro trimestre.   Um integrante da agência oficial de estatísticas alemã disse que o crescimento pode ter […]

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2010 às 15h23.

PARIS (Reuters) - As maiores economias da Europa divulgaram relatórios nesta quarta-feira que sugerem que o crescimento diminuiu fortemente nos últimos meses de 2009, após o bom resultado que tirou boa parte da região dos números recessivos no terceiro trimestre.

Um integrante da agência oficial de estatísticas alemã disse que o crescimento pode ter sido zero no quarto trimestre do ano passado, e os números da produção industrial na Grã-Bretanha e na Itália para novembro só reforçam as preocupações sobre a recuperação.

"Não é bom", disse o economista do Deutsche Bank Gilles Moec. "Isso confirma que nós tivemos um terceiro trimestre excepcional, mas que o quarto trimestre foi muito mais brando. Isso é verdade para a Itália, mas também para França, Alemanha e para a zona do euro em geral."

A agência de estatísticas alemã anunciou que a produção industrial medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) caiu estimados 5 por cento em 2009, com a maior parte dos danos à economia se concentrando no início do ano.

O PIB do país cresceu 0,7 por cento no período entre julho e setembro em relação ao trimestre anterior.

O ministro da Economia alemão Rainer Bruederle disse que a recuperação da Alemanha ainda não é auto-sustentável e que a retomada não seria ajudada na fase inicial pelo recente e severo inverno.

Na Grã-Bretanha, que não é parte da zona do euro, o contexto por trás da produção industrial de novembro também não é animador, disseram economistas.

A produção industrial britânica cresceu 0,4 por cento em relação ao mês anterior, mas a maior parte disso foi devido a um aumento no setor de extração de petróleo e gás. A produção industrial ficou estagnada pelo segundo mês consecutivo.

"Se a indústria não pode se expandir quando há tantos elementos favoráveis -- fraqueza da moeda, fim da redução dos estoques e retomada da demanda global -- quando ela poderá?", disse Alan Clarke, economista do BNP Paribas.

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