Economia

Recuperação da economia nos EUA dependerá de vacina, diz chefe do Fed

Depois de mais de 30 milhões de pessoas perderem seus empregos, normalidade vai demorar a voltar

Presidente do Fed, Jerome Powell: recuperação econômica virá só depois da vacina (Samuel Corum/Getty Images)

Presidente do Fed, Jerome Powell: recuperação econômica virá só depois da vacina (Samuel Corum/Getty Images)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 17 de maio de 2020 às 15h56.

A economia dos Estados Unidos não se recuperará por completo do impacto da pandemia do novo coronavírus sem uma vacina, avaliou neste domingo (17) o chefe do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell.

Depois de mais de 30 milhões de pessoas perderem seus empregos e muitas empresas fecharem as portas em todo o país, o presidente do BC americano advertiu que voltar à normalidade levará tempo.

"Penso que veremos uma recuperação firme da economia na segunda metade do ano", disse Powell no trecho de uma entrevista ao programa "60 minutos", do canal CBS, que será exibido na íntegra na noite deste domingo (17).

"No entanto, para que a economia se recupere totalmente, as pessoas deverão recuperar a confiança e talvez será preciso esperar a chegada de uma vacina", afirmou.

O Fed tomou medidas inclusive antes da implementação das restrições econômicas, reduzindo as taxas e injetando trilhões de dólares no sistema financeiro e em programas de empréstimos para pequenas e médias empresas, bem como a governos locais e estaduais.

Mas Powell tem insistido em que a economia provavelmente precisará de novos recursos públicos para trabalhadores e empresas para que a economia americana se recupere, além dos quase três trilhões de dólares já aprovados pelo Congresso.

A crise "chegou tão rapidamente e com tanta força que realmente não se pode colocar em palavras a dor das pessoas e a incerteza que enfrentam", disse na entrevista.

O governo de Donald Trump promete disponibilizar aos americanos centenas de milhões de doses de uma vacina até janeiro de 2021.

Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia do novo coronavírus, com 1,46 milhão de contágios e 88.700 mortes desde que o primeiro caso vinculado ao vírus foi registrado no começo de fevereiro.

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