O presidente do Banco Santander, Emilio Botín: para ele, a Espanha "vai ser uma das notícias mais positivas nos resultados do Santander nos próximos três anos" (Javier Soriano/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2014 às 10h41.
Santander - O presidente do Banco Santander, Emilio Botín, disse nesta sexta-feira que a recuperação da economia espanhola "é um fato" e se mostrou convencido de que "hoje ninguém duvida", mas alertou que não se deve ser complacente, pois problemas graves, como o desemprego, persistem.
Em seu discurso aos acionistas na Junta Geral Ordinária de 2014, Botín elogiou o "grande trabalho" realizado pelo governo espanhol com as reformas realizadas, que, segundo ele, permitiram sair da recessão, criar empregos e que a economia se encaminhe em 2014 para um crescimento de mais de 1%.
Nesse contexto, disse, a Espanha "vai ser uma das notícias mais positivas nos resultados do Santander nos próximos três anos", já que, insistiu, a entidade ganhará 3 bilhões de euros na Espanha em 2016 e estará preparada para aproveitar "todas as oportunidades de crescimento" que surgirem.
O presidente da primeira entidade bancária da Espanha também se mostrou convencido de que o Santander sairá reforçado das provas de solvência por que precisarão passar os bancos europeus este ano, e superará amplamente os requerimentos de capital que precisar satisfazer, entre outros motivos pela "excepcional diversificação que o grupo tem".
Quanto à União Bancária, assegurou que "já foram dados passos muito importantes" para que o Banco Central Europeu (BCE) seja o responsável em última instância pela supervisão do sistema financeiro europeu a partir de novembro.
Segundo Botín, a União Bancária promoverá "a aplicação de regras de jogo iguais para todos" e contribuirá para tornar mais evidente a força do modelo de negócios do Santander.
O empresário também quis lembrar os resultados obtidos pelo grupo em 2013, quando ganhou 4,37 bilhões de euros, 90% a mais que em 2012.
"O cenário econômico é agora mais propício, as perspectivas de crescimento da economia mundial melhorarão em 2014 e em 2015. Pela primeira vez nos últimos anos, todos os países onde o grupo opera terão crescimento positivo em 2014", afirmou o banqueiro.