Operador da Bolsa (Paulo Whitaker/Reuters)
Guilherme Dearo
Publicado em 28 de outubro de 2017 às 13h47.
Última atualização em 28 de outubro de 2017 às 13h48.
São Paulo - O pior já passou? Em termos de recessão econômica, parece que sim.
Segundo análise de um grupo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgada ontem (27), a recessão no Brasil acabou no fim de dezembro de 2016.
Após onze trimestres de contração do PIB (desde o segundo trimestre de 2014), ele voltou a crescer (timidamente) no Natal do ano passado.
Nesse período acumulado, segundo o grupo Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos) da FGV, a contração da economia brasileira foi de 8,6%.
Como os dados de 2016 e 2015 ainda podem ser revisados pelo IBGE, esse número pode acabar sendo alterado.
A análise do Codace foi assinada pelos economistas Affonso Celso Pastore, Edmar Bacha, João Victor Issler, Marcelle Chauvet, Marco Bonomo, Paulo Picchetti e Regis Bonelli e foi divulgada primeiro pela Folha de S.Paulo.
Pela longa duração e pela queda acumulada no período, a recessão dessa década se compara com as catástrofes de outras épocas no Brasil.
No governo Collor, a recessão também durou onze trimestres (entre 1989 e 1992) e levou a uma contração de 7,7% do PIB nacional.
Já nos anos 1980, após período de "milagre econômico", o Brasil viu sua economia encolher 8,5% ao fim de nove trimestres problemáticos.