Economia

"Receita é necessária para diminuir déficit", diz Obama

Presidente dos EUA irá se esforçar para acabar com os buracos no sistema, como a isenção de impostos para gestores de capital privado e de fundos de hedge


	Barack Obama, presidente dos Estados Unidos: aprovou um pacote legislativo no início do ano que elevou os impostos para os mais ricos
 (Brendan Smialowski/AFP)

Barack Obama, presidente dos Estados Unidos: aprovou um pacote legislativo no início do ano que elevou os impostos para os mais ricos (Brendan Smialowski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 08h54.

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou no domingo que uma maior receita fiscal seria necessária para reduzir o déficit dos EUA, e sinalizou que vai se esforçar para acabar com buracos no sistema, como a isenção de impostos para gestores de capital privado e de fundos de hedge.

Obama, que ganhou a reeleição em novembro em grande parte por sua promessa de aumentar os impostos para os norte-americanos mais ricos, conseguiu aprovar um pacote legislativo no início do ano que elevou as taxas para os indivíduos que ganham mais de 400.000 dólares por ano e famílias que ganham mais de 450.000 dólares por ano.

Em entrevista à CBS, Obama disse que os Estados Unidos poderiam reduzir o déficit e investir em educação sem aumentar as taxas novamente se adotarem cortes de gastos "inteligentes" que diminuam o desperdício do governo, remodelarem programas de saúde caros e fecharem brechas.

"Eu não acho que a questão agora é o aumento das taxas", disse Obama na entrevista, transmitida ao vivo antes do jogo do Super Bowl de futebol americano, na noite de domingo.

"Não há dúvida de que precisamos de receita adicional, aliado a reduções de gastos inteligentes, a fim de diminuir o déficit. E nós podemos fazer isso de forma gradual, de modo que não tenha um impacto enorme", disse.

Obama indicou que vai tentar acabar com deduções que não estão disponíveis para todos os norte-americanos, destacando a taxa de imposto paga por muitos gestores de fundos de participação, capital de risco e de propriedade.

Obama e muitos democratas têm criticado repetidamente a isenção fiscal, classificando-a como injusta. Os benefícios fiscais foram a principal razão para a baixa taxa de imposto paga em 2012 pelo candidato republicano adversário de Obama, o ex-governador de Massachusetts e executivo de private equity Mitt Romney.

"Nós apenas queremos ter certeza de que todo o sistema é justo, que é transparente, e que estamos reduzindo o déficit de forma que não impeça o crescimento", afirmou Obama.

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