Pessoa ouvindo música (Getty Images)
João Pedro Caleiro
Publicado em 19 de março de 2015 às 13h43.
São Paulo - A indústria da música continua mudando de forma vertiginosa.
Em 2014, a receita com serviços de streaming de assinatura como Rdio e Spotify e de rádio como Pandora aumentou 29% e chegou a US$ 1,87 bilhão de dólares só nos Estados Unidos.
Em comparação, a receita com a venda de CDs caiu 12,7% de 2013 para 2014 e ficou em US$ 1,85 bilhão.
E não são apenas as vendas físicas que estão em crise: os downloads digitais, até pouco tempo considerados a salvação da indústria, atingiram seu pico em 2012 e vem caindo desde então. De 2013 para 2014, a queda foi de 8,7%, para US$ 2,58 bilhões.
Eles continuam sendo a principal fonte de receita, com 37% do total, contra 27% do streaming e 32% das vendas físicas (menos de um terço pela primeira vez na história). A divisão nunca esteve tão equilibrada.
Outra estrela da indústria tem sido o vinil, que cresceu 49% em apenas um ano e atingiu vendas de US$ 315 milhões. O formato é responsável por 14% de todo o mercado físico; fazia 17 anos que ele não registrava uma participação de dois digítos nesta conta.
Os serviços de streaming, que triplicaram o número de assinantes e a participação de mercado desde 2011, estão brilhando no momento, mas seu futuro ainda é incerto.
Gravadoras reclamam que os planos baseados em anúncios são insustentáveis e muitos artistas reclamam do baixo pagamento por música tocada.
Taylor Swift, uma das maiores estrelas do mundo pop atual, chamou a atenção recentemente ao tirar seu catálogo do Spotify e publicar um editorial no Wall Street Journal justificando sua decisão.