Paris - O grupo estatal francês Areva anunciou nesta segunda-feira que o reator nuclear de nova geração que está construindo para uma companhia elétrica na Finlândia não entrará em operação até 2018, nove anos mais tarde do que o previsto.
O projeto, que também conta com a participação da alemã Siemens, tem apresentado dificuldades desde o início da construção, em 2005, na cidade finlandesa de Olkiluoto.
Segundo o novo calendário, o final da construção do reator chamado OL3 está previsto para meados de 2016, o que significa que o funcionamento não poderá ter início antes de 2018, conforme indicou o comunicado da Areva.
Os reatores do tipo EPR (Reator Pressurizado Europeu, na sigla em inglês)têm melhores potência, rendimento e segurança em comparação aos atuais e são a principal aposta na industria nuclear francesa.
Outros três EPR, um na França e dois na China, estão também em fase de construção.
-
1. Emirados Árabes Unidos
zoom_out_map
1/6 (Getty Images)
A primeira
usina nuclear dos
Emirados Árabes começou a ser construída em julho deste ano, com capacidade instalada de 1,4 mil MW, segundo dados da
Associação Nuclear Mundial. Há planos para a instalação de outros três, que somam mais 4,2 mil MW (o dobro das usinas brasileiras em operação Angra I e Angra II). Os recursos para a criação dos quatro reatores somam 20 bilhões de dólares e vêm de um consórcio consórcio sul-coreano. Além disso, existem mais 10 propostas em análise que, se aprovados, entregarão mais 14,4 mil MW em capacidade instalada total. Estima-se que a primeira usina de
energia nuclear dos Emirados entre em operação até 2020.
-
2. Indonésia
zoom_out_map
2/6 (Getty Images)
Com uma população crescente e uma taxa de aumento da produção industrial de 10,5%, o país tem o desafio de produzir mais
energia e driblar os blecautes que ocorrem na sua rede. Para conseguir isso, a
Indonésia planeja instalar dois reatores nucleares, somando 2 mil MW em capacidade. Há propostas em estudo para a construção de mais quatro, que juntos garantiriam outros 4 mil MW. Além disso, a mudança para a
energia nuclear vai liberar petróleo para exportação, uma vez que metade da energia consumida no país vem, atualmente, de combustíveis fósseis.
-
3. Polônia
zoom_out_map
3/6 (Wikimedia Commons)
Como a maior parte dos países de leste europeu, a
Polônia depende da extração de carvão para suprir suas necessidades energéticas. De acordo com a Associação Nuclear Mundial, o consumo interno de
eletricidade no país deverá crescer 54% até 2030. Mas no âmbito da política climática da União Europeia, será preciso diversificar as fontes, passando bem longe do carvão, grande emissor de gás efeito estufa. Para dar conta do desafio, a Polônia planeja construir seis reatores nucleares que somam 6 mil MW em capacidade total instalada.
-
4. Bangladesh
zoom_out_map
4/6 (Wikimedia Commons)
Bangladesh planeja construir, até 2018, dois reatores nucleares com ajuda técnica e financeira da Rússia, somando 2 mil MW em capacidade instalada, segundo dados da Associação Mundial Nuclear. Atualmente, quase 90% da energia consumida no país vem do
gás natural. No entanto, a demanda por eletricidade vem crescendo rapidamente, ao mesmo tempo que aumentam as interrupções de fornecimento no país, onde metade da população ainda não tem acesso à luz.
-
5. Vietnã
zoom_out_map
5/6 (Wikimedia Commons)
O Vietnã tem quatro reatores em fase de planejamento, somando ao todo 4 mil MW em capacidade instalada. Além disso, existem mais seis propostas de usinas em análise para 2030, mas que não foram liberadas ainda. A demanda por eletricidade vem crescendo em média 14% ao ano, resultando muitas vezes em racionamentos. Em 2010, o suprimento de energia elétrica no país foi garantido 38% a partir de hidrelétricas, 33,6% de gás, enquanto carvão respondeu por 18,5%.
-
zoom_out_map
6/6 (Sergio Moraes/Reuters)