Economia

Reativação do Moderfrota é pleito do setor, diz Anfavea

Para vice da Anfavea, Milton Rego, fato de recursos para Moderfrota coincidirem com o ano-safra e não com o ano civil acaba com as incertezas do produtor rural


	Trator: Moderfrota, criado no governo FHC, voltará a financiar tratores e máquinas agrícolas novas
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Trator: Moderfrota, criado no governo FHC, voltará a financiar tratores e máquinas agrícolas novas (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2014 às 15h23.

Ribeirão Preto - O vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e executivo da Case IH, Milton Rego, afirmou, nesta segunda-feira, 19, ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, que, em uma avaliação inicial, a reativação do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos (Modefrota) e a inclusão de recursos para o financiamento dessas máquinas no Plano Agrícola e Pecuário 2014/15 "é exatamente o pleito do setor" feito ao governo federal.

Segundo Rego, o fato de os recursos para o Moderfrota coincidirem com o ano-safra e não com o ano civil, como ocorre com o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), acaba com as incertezas do produtor rural.

"O Moderfrota com o mesmo calendário da safra encerra a angústia que todo ano o produtor rural tem, já que o PSI é renovado sempre ao fim de cada ano civil, justamente durante a colheita da produção", disse Rego.

"O anúncio ainda garante que haverá recursos para o setor durante toda a safra, já que há uma incerteza com o que vai acontecer justamente com o PSI no primeiro semestre de 2015", completou o executivo.

No anúncio feito hoje, o Moderfrota, criado ainda no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, voltará a financiar tratores e máquinas agrícolas novas, com juros em 4,5% ao ano e deve atender 90% dos produtores rurais do país.

Aos grandes produtores, a alternativa ainda é o PSI, com juros entre 4,5% e 6% ao ano, criado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como forma de injetar liquidez no mercado durante a crise de 2008 e 2009.

Segundo a presidente Dilma Rousseff, serão destinados R$ 9 bilhões ao financiamento de máquinas e implementos em 2014/15, o que é um volume suficiente para o setor, segundo o vice-presidente da Anfavea.

"Em época que não tem tantas notícias boas, isso dá um alento aos produtores rurais", concluiu Rego.

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