Economia

Reajustes salariais na indústria estão menores este ano

Segundo levantamento da Tendências Consultoria, o custo unitário do trabalho desacelerou de 6,4% em julho do ano passado para 3,3% em julho deste ano


	Menroes reajustes salariais na indústria são resultado do esfriamento do mercado de trabalho
 (Getty Images)

Menroes reajustes salariais na indústria são resultado do esfriamento do mercado de trabalho (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2013 às 10h25.

Sao Paulo - Os reajustes salariais em menor escala estão pressionando menos a indústria. Segundo levantamento da Tendências Consultoria, o custo unitário do trabalho desacelerou de 6,4% em julho do ano passado - no acumulado em 12 meses - para 3,3% em julho deste ano, na mesma base de comparação.

"Esse queda é resultado do esfriamento do mercado de trabalho", afirma Alessandra Ribeiro, economista da Tendências. Ela destaca que a produtividade cresceu 2,3% nos últimos 12 meses encerrados em julho. O ganho também tem ocorrido por causa do próprio crescimento da produção industrial ante 2012, que teve um desempenho ruim, e pela desvalorização do real em relação ao dólar.

Na avaliação da economista da Tendências Consultoria, essa trajetória gradual de recuperação tende a continuar. "Do lado de custos há uma previsão de ligeira alta do desemprego no mercado doméstico, o que tende a tornar a alta salarial menor nos próximos anos", explica. A Tendências espera um desemprego médio de 5,6% para este ano, e de 5,8% para 2014.

Apesar da leve melhora, o caminho da indústria para se tornar competitiva ainda é o longo. Os dados da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) mostram que a folha de pagamento teve um aumento real de 43,7% desde 2003, enquanto a produtividade avançou 25,5% no período. A curva dos salários em dólar também se distanciou bastante da linha da produtividade.

"O ganho de produtividade está associado ao investimento no processo, em maquinários, que são capazes de fazer com que a produção aumente com o mesmo número de pessoas. O processo de perda com a taxa de cambial foi tirando a competitividade, e o empresário não era estimulado a fazer investimentos", afirma Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Fiesp. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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