Economia

Reajuste do mínimo baixou desigualdade, diz Nelson Barbosa

Segundo economista, política de reajustes não criou problemas no mercado de trabalho e ajudou na distribuição de renda


	Nelson Barbosa: "no mercado de trabalho, o salário mínimo não teve impacto negativo", afirmou
 (José Cruz/ABr)

Nelson Barbosa: "no mercado de trabalho, o salário mínimo não teve impacto negativo", afirmou (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 13h56.

Rio de Janeiro - A política de reajustes do salário mínimo nas últimas décadas não criou problemas no mercado de trabalho e ajudou na distribuição de renda.

Assim podem ser resumidos os debates desta quarta-feira do seminário sobre salário mínimo organizado no Rio pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), segundo o economista Nelson Barbosa, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda e pesquisador da Escola de Economia de São Paulo (EESP/FGV).

"No mercado de trabalho, o salário mínimo não teve impacto negativo", afirmou Barbosa, referindo-se à valorização real de mais 100% nos últimos 20 anos.

No mesmo período, houve queda do desemprego e redução da informalidade, diferentemente do que se imaginava inicialmente, destacaram algumas apresentações no seminário.

Apesar disso, Barbosa defendeu nesta quarta-feira a mudança nas regras de reajuste. Hoje, o salário mínimo é reajustado anualmente pelo INPC mais a variação do PIB de dois anos antes.

O problema, segundo o economista, está nos impactos negativos nas contas públicas - já que o salário mínimo baliza os gastos sociais do governo, como aposentadorias e pensões -, tema a ser debatido no segundo dia de seminário, amanhã.

Organizador do seminário, ao lado de Samuel Pessoa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), Barbosa apresentará um estudo sobre o tema.

Acompanhe tudo sobre:Distribuição de rendaeconomia-brasileiraPobrezaPolítica salarialSalário mínimo

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte