Economia

Reajuste de aposentados não pesa nas contas públicas, diz especialista

Para Roberto Piscitelli, o governo não terá dificuldades em encaixar o aumento de 7,7% nas contas e o reajuste não prejudica a meta de superávit primário

Presidente Lula decidiu sancionar aumento de 7,7% para aposentados, mas vetou o fim do fator previdenciário (.)

Presidente Lula decidiu sancionar aumento de 7,7% para aposentados, mas vetou o fim do fator previdenciário (.)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2010 às 14h21.

Brasília - O reajuste de 7,7% para os aposentados que recebem mais de um salário mínimo por mês não traz impactos para as contas do governo, avalia o especialista em previdência Roberto Piscitelli, da Universidade de Brasília. Segundo o professor, a arrecadação está batendo recordes sucessivos e conseguirá assegurar que o aumento não pese no bolso do contribuinte.

"Não acho realmente que a Previdência vai ficar com um rombo", afirma Piscitelli.  Uma parcela deste aumento vai ficar retida pelo Estado nas diversas esferas, são valores que se destinam praticamente na totalidade ao consumo, analisa o professor. "Isso vai dar um impulso na atividade econômica e boa parte disso vai voltar para a economia. Uma percentagem disso já fica nos cofres do tesouro", pondera.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu sancionar o aumento de 7,7%, nesta terça-feira (15) para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo aprovado pelo Congresso. Já o fim do fator previdenciário (mecanismo que inibe aposentarias precoces), também aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, foi vetado.

"A decisão sobre o fator previdenciário é menos palpável, sobretudo porque não afeta os que já estão aposentados e não muda a situação de ninguém por enquanto", disse Roberto Piscitelli.

Leia mais: Governo acertou pela metade, diz Tendências

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